
Uma curta, rápida e certeira radiografia da USP
Não há necessidade de grande tratado para desvendar e desmistificar algumas ideias correntes sobre a Universidade de São Paulo USP.
É o que consegue o professor Vladimir Safatle, do Departamento de Filosofia da Universidade, em artigo publicado pela Carta Capital, quando procura rebater a imputação de redutos de marxistas improdutivos, nunca produziu nada que mereça ser lembrado.
Segundo ele, não é levado em conta que os 25% de toda a pesquisa que é feita no Brasil são produzidos, além os 74 mil estudantes uspianos de graduação que ela abriga. Muito diferente de universidades como a de Harvard com 6 mil estudantes. Como Universidade de massa , tem o compromisso de formar, profissionalizar e dar suporte aos serviços sociais e se fosse se dedicar a apenas 6 mil alunos, com certeza a qualidade de ensino para os outros milhares seria reduzida.
Além disso, afirma o professor Vladimir, acusar a USP de ser reduto do marxismo é no mínimo não conhecer seu currículo. Segundo ele, há muito tempo não se registra um curso sobre Marx, mas há sobre Locke e Hobbes, filósofos liberais. São filósofos tão importantes e, no entanto, o preconceito é contra as ideias marxistas.
E, por fim, Vladimir Safatle chega a um dos pontos nevrálgicos atualmente imperando na universidade: a eleição direta para reitor que na prática é um dos fatores que acoberta o autoritarismo existente na instituição. E faz a critica à escolha do reitor pelo governador, que não tem intimidade suficiente com a universidade em sua estrutura e funcionamento para determinar seu dirigente. E a crítica vai mais longe: o tratamento que é dado aos alunos, como se suas opiniões fossem totalmente irracionais. E termina :Mas isso está longe da verdade. Os alunos querem aprender e vencer na vida. Não há razão alguma para se recusar a ouvi-los.
Assessoria de Educação – Liderança da Bancada do PT na Assembleia Legislativa de São Paulo