Quinta-feira – dia 1º

A partir das 19 horas, nesta quinta-feira (1º de março), será oficialmente aberta a Comissão Estadual da Verdade, da qual fazem parte os deputados do PT, Adriano Diogo (membro efetivo) e João Paulo Rillo (membro substituto). Em seguida, às 21 horas, será iniciada uma vigília, onde será exibido um programa sobre a vida e desaparecimento do deputado Rubens Paiva, com a presença de seus familiares. O ato será realizado no Plenário Juscelino Kubitschek, na Assembleia Legislativa de São Paulo.
A comissão terá a missão de colaborar com a Comissão Nacional da Verdade – criada ano passado pela lei federal 12.528 – na apuração de violações de direitos humanos ocorridas no estado de São Paulo ou praticadas por agentes públicos estaduais.
O trabalho dos deputados estaduais paulistas deverá se restringir ao período entre 1964 e 1982. Assim como a comissão nacional, o grupo estadual terá prazo de dois anos para concluir seus trabalhos, mas o tempo poderá ser prorrogado.
Autor da resolução e presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana, da Cidadania, da Participação e das Questões Sociais da Assembleia Legislativa, o deputado Adriano Diogo explica que o foco principal da comissão estadual será a apuração dos casos envolvendo desaparecidos políticos e mortes até hoje sem explicação. O deputado quer apurar informações sobre a Chacina da Lapa, em 1976, e sobre as valas clandestinas em Perus e Vila Formosa. A Comissão Estadual da Verdade quer saber onde estão todos os desaparecidos do período do regime militar, afirma Diogo.
A Comissão da Verdade paulista tem como membros efetivos os deputados Adriano Diogo (PT), Marcos Zerbini (PSDB), André Soares (DEM), Ed Thomas (PSB) e Ulysses Tassinari (PV). Os membros substitutos são: João Paulo Rillo (PT), Mauro Bragato (PSDB), Estevam Galvão (DEM), Orlando Bolçone (PSB) e Regina Gonçalves (PV).