Educação
A Comissão de Educação da Assembleia aprovou hoje, na sua última reunião de 2010, requerimento do deputado petista Roberto Felício, para a realização de uma audiência pública sobre o adoecimento dos professores da rede pública de ensino.
No requerimento, o deputado pede que sejam convidados para a audiência os secretários estaduais de Educação, Gestão Pública e Saúde, além de representantes dos Ministérios da Educação, Saúde e Trabalho e das entidades do Magistério.
Há estudos internacionais que comprovam o stress da atividade docente. Diversos países já adotaram políticas públicas para atenuar o problema, explica o deputado Roberto Felício.
O massacre psicológico provocado pelas más condições de trabalho nas escolas estaduais de São Paulo, violência e baixos salários é tema da segunda edição da pesquisa sobre saúde do professor, que acaba de ser divulgada pela Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo) e Dieese.
Os pesquisadores ouviram, no último mês de setembro, 1.615 professores sobre o tema. 48,5% dos entrevistados declararam ter diagnóstico confirmado de stress; entre eles, 63,6% lecionam em mais de uma jornada e 54% têm mais de 35 alunos por sala de aula.
Mas, stress e outras alterações psicológicas não são os únicos problemas provocados pelas más condições de trabalho. Entre os professores, são muito frequentes também alterações na voz, diz Felício.
Além do requerimento para a realização da audiência sobre as doenças profissionais dos educadores, a Comissão de Educação votou ainda dezenas de moções e projetos de lei.
Aprovamos projetos importantes que já poderão ser encaminhados para discussão e votação no plenário da Casa, disse a deputada Maria Lúcia Prandi, presidente da Comissão, que encerrou 2010 com o organograma em dia.