Pinockmin
Pela terceira vez no ano, a entrega do primeiro trecho de monotrilho da cidade de São Paulo poderá atrasar e ocorrer em junho, e não neste mês, conforme a última promessa da gestão Geraldo Alckmin. Agora, o governo responsabiliza a fabricante dos trens do ramal, que funcionará na zona leste da capital paulista. Trata-se da canadense Bombardier, responsável também pela sinalização da Estação Adolfo Pinheiro linha 5 lilás do Metrô, na zona sul, inaugurada há três meses e que ainda funciona em horário restrito por causa de testes.
Inicialmente, a administração Alckmin pretendia inaugurar o primeiro trecho, de 2,9 km, da Linha 15, entre as Estações Vila Prudente e Oratório, no fim do ano passado, o que não foi concretizado. Em seguida, o governo prometeu a abertura para janeiro, depois março e, em seguida, o fim de maio.
Mas nesta terça-feira (14/5), secretário estadual dos Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes, considerou a possibilidade de a inauguração só ocorrer em junho, ou seja, no mês anterior à proibição de entrega de obras públicas por autoridades do Executivo que concorrerão à reeleição, provável caso de Alckmin – o impedimento é a partir do dia 5 de julho, de acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Segundo o secretário Fernandes, a Estação Adolfo Pinheiro, inaugurada em 12 de fevereiro na Linha 5-Lilás, ainda só funciona em horário restrito – das 9h às 16h – em decorrência de atrasos da Bombardier, que responde pelo sistema de sinalização dos trens daquela parada. Ele fez uma alusão a “tribos” para comentar o assunto. “A Bombardier também está com dificuldades na Adolfo Pinheiro. O que é preciso é que essas grandes empresas mundiais saibam que aqui o volume de compras e de implantação não é tribal, isso aqui não é um país tupiniquim. Não estamos tratando de coisa pequena.”
*com informações do jornal O Estado de S. Paulo