Combate às enchentes

Alckmin não aplica recursos anunciados para o combate às enchentes e SP sofre com alagamentos
Nem bem chegou a temporada de chuvas e a cidade de São Paulo já padece com os descasos dos gestores públicos.
Na tarde desta terça-feira (29/11), a população paulista deparou- se novamente com uma chuva intensa típica da estação do ano e foi dado o início à jornada de alagamentos: carros levados por enxurradas, pessoas ilhadas, trânsito parado e sistema de trens e metrô caóticos. Por volta das 18 horas, a cidade apresentava 16 pontos de alagamentos.
No início deste ano, o governador Geraldo Alckmin prometeu R$ 558 milhões em investimentos na Região Metropolitana. A cota de recursos para a cidade de São Paulo, na prevenção das enchentes estava estimada em R$ 247 milhões , destinados à construção de diques em diversos pontos das marginais dos rios Pinheiros e Tietê, que cruzam a cidade.
Somente em janeiro de 2011, aproximadamente duas mil pessoas ficaram desalojadas em São Paulo, vítimas de enchentes. Além de desabrigar as pessoas, as tragédias provocadas pelas chuvas são responsáveis pela transmissão de doenças, como a leptospirose, que não tratadas de forma eficiente podem levar à morte.
Procurado pela reportagem da Rede Brasil Atual, o Departamento de Águas e Energia Elétrica do Estado de São Paulo, órgão responsável pela área, não respondeu aos questionamentos sobre as metas não cumpridas. No entanto, a assessoria de imprensa enviou um outro documento citando mais compromissos do Executivo paulista com o combate às enchentes.
Piscinões bancados pelo governo federal
Com muito atraso, no último dia 17, o governador Geraldo Alckmin anunciou que o Estado irá assumir a manutenção de 25 piscinões na Região Metropolitana, num investimento de R$ 44 milhões . Na ocasião, o governador disse que os municípios não tinham feito os trabalhos de limpeza e que havia um jogo de empurra, sobre de quem é a responsabilidade a execução dos serviços.
Alckmin oficializou o convênio de R$ 51,2 milhões com o ministério da Integração Nacional para a construção das estruturas de macrodrenagem. Além dos reservatórios, está prevista a instalação de muretas ao redor do rio Juqueri, que corta a cidade de Franco da Rocha. No início do ano, o transbordamento das águas do rio fez com que o centro da cidade ficasse intransitável.
O governador de São Paulo justificou o prazo para a conclusão da obra afirmando não poderia iniciar a licitação dos piscinões antes do período das chuvas. Isso porque o governo estadual “dependia da assinatura do convênio com o governo federal”.
*com Agências