Alckmin pressiona aliados contra CPI sobre corrupção, diz líder do PT

21/08/2013

CPI já!

Deputado Luiz Claudio Marcolino afirma que bancada aliada ao governador Geraldo Alckmin não assina documento para abertura de CPI; ‘nós vamos trabalhar nas comissões e fazer audiência pública’

O líder do PT na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, deputado Luiz Claudio Marcolino, afirmou que os parlamentares da base aliada do governador Geraldo Alckmin têm sido pressionados a não assinar o documento para a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito para investigar o caso de corrupção no metrô, denunciado pela empresa alemã Siemens. Até agora, a base petista recolheu 26 assinaturas, mas são necessárias 32 para a instalação da CPI.

“Os votos favoráveis são da Bancada do PT, do PCdoB, do Psol e um do PDT. Agora os partidos ligados ao Geraldo Alckmin – PSDB, PDT, PV, PMDB e PSD –, não estão querendo assinar essa CPI. O governo não quer fazer investigação e os deputados ligados ao governo do estado de São Paulo estão dando guarita para o governador”, afirmou e continuou: “Mas nós vamos continuar brigando para garantir que haja investigação.”

Segundo ele, autoridades envolvidas no caso, como o Secretário Estadual de Transportes, Saulo de Castro Abreu Filho e o presidente do Metrô, Luiz Antonio Carvalho Pacheco, serão convocados para depor em comissões permanentes da Assembleia, como a de Infra-Estrutura, Transporte, Saúde e Fiscalização e Controle. Além disso, será convocada uma audiência pública para debater o caso, ainda sem data marcada.

“Se o governo do estado não quer abrir a CPI e está pressionando os deputados, nós vamos trabalhar nas comissões e fazer audiência pública, porque não dá, em uma crise como essa, para não fazer esse debate com a sociedade”, disse Marcolino. “Eu não consigo conceber como um deputado, com uma denúncia como essa, com fatos, informações e detalhes, não assina a CPI”, questionou.

O líder petista informou que o PT também está recolhendo assinaturas no Congresso Nacional para a instalação de uma CPI mista, na Câmara e no Senado, para investigar o caso. “Vamos fazer várias manifestações nos próximos dias, com os sindicatos e os movimentos sociais. É um debate da sociedade e é importante que ela se mobilize porque o dinheiro desviado vem, por exemplo, do IPVA e do ICMS.”

fonte: Rede Brasil Atual

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