Geraldo Alckmin tentou utilizar, em vão, sua velha tática de responder às questões de sua responsabilidade, acusando o governo federal. Se enrolou todo. No que diz respeito à Petrobras e ao fundo de pensão de seus trabalhadores, a Petros, o ex-governador deturpou e confundiu a cabeça dos
telespectadores.
A confusão se deu ao misturar a proposta eleitoreira do reajuste do INSS com a extinção do déficit atuarial da Petros que a Petrobras está disposta a empreender. Alckmin sabe, ou deveria saber, que a Petros é uma fundação privada de previdência complementar. Ou seja:nada tem a ver com o INSS.
Deveria saber ainda que a Petrobras possui receita própria e não recebe qualquer subvenção do governo. Além disso, o candidato Alckmin errou ao afirmar que o possível aporte da Petrobras no fundo de pensão seria de R$ 9,5 bilhões. O déficit do plano é de R$ 4,5 bilhões com previsão de pagamento em 20 anos, se a Petrobras assim ajustar com seus trabalhadores. Já os R$ 7 bilhões do INSS seriam gastos do Orçamento Federal já de 2006.
O governo passado do PSDB é responsável direto pelos problemas estruturais do plano de previdência dos trabalhadores da Petrobras. A omissão e o desrespeito à Constituição Federal do governo tucano é que gerou o déficit atuarial. Quanto ao INSS, o aumento defendido pela irresponsáveloposição ao governo Lula, já foi garantido para 67,8% para aqueles que recebem os benefícios de até um salário mínimo.
A repercussão sobre a derrapada de Alckmin na televisão não tardou, o blog do jornalista Fernando Rodrigues resumiu: “O candidato do PSDB foi massacrado. Ficou confuso sobre números sobre educação. Teve de responder sobre acusações de corrupção. E ainda enfrentava um dia péssimo por causa dos ataques do PCC em São Paulo. Hoje, a ressaca”.
A ressaca prenunciada pelo jornalista foi ampliada com os resultados da pesquisa CNT/Sensus: Lula sobe para 47,9% e Alckmin cai para 19,7%. As informações são da presidência do PT Estadual