José Aristodemo Pinotti, secretário de Ensino Superior, não compareceu à Audiência Pública, realizada pela Comissão de Educação da Assembléia Legislativa, nesta terça-feira, 13/2. Parlamentares, estudantes, funcionários e professores, discutiram decretos do governador que “sinalizam para o fim da autonomia universitária”, conforme protestou a deputada petista Maria Lucia Prandi.

Os parlamentares petistas, Roberto Felício e Maria Lucia Prandi, presentes na Audiência Pública, apontaram que o governador de São Paulo está castigando as Universidades Públicas do Estado, além do contingenciamento de recursos, o governador exigiu, através do chefe da Casa Civil, Aloysio Nunes, que seja instalado nas universidades um sistema para monitorar gastos em tempo real, fato que “burocratiza e inviabiliza” projetos.

Os reitores da USP, Unesp e Unicamp também estiveram na Assembléia nesta terça-feira e participaram da reunião do Colégio de Líderes partidário para reivindicar o fim do contingenciamento praticado pelo Executivo. Os líderes partidários receberam também uma comissão dos representantes de docentes, estudantes e servidores das universidades, os quais apresentaram suas avaliações sobre os decretos que o governador José Serra editou nos primeiros dias de seu governo, em janeiro passado. Para eles, os decretos caracterizam uma intervenção e um desrespeito à autonomia universitária, com a desvinculação dos ensinos superior e técnico da Secretaria de Ciência e Tecnologia.

Membro da Associação dos Docentes da USP, César Augusto Minto, alerta para o desmonte da universidade já que “os decretos do governador mencionam pesquisa aplicada, mas não a pesquisa básica, não faz nenhuma referência aos investimentos e sinalizam para o enxugamento da máquina ao vedarem a admissão de pessoal e a realização de concurso público por tempo indeterminado.”