Frente Parlamentar
Na reunião da Frente Parlamentar de Cultura que aconteceu nesta quarta-feira (25/5) na Assembleia Legislativa, os artistas e produtores culturais citaram expressão usada pelo fundador do Teatro Oficina, José Celso Martinez Corrêa, que consideraram muito apropriada para o momento: re-existir.
Roberto Rosa, do Fórum Paulista de Cultura, afirmou que é perciso estancar a onda de desmantelamento da Cultura, que já vinha acontecendo no Estado, mas que piorou depois do afastamento da presidenta Dilma Rousseff. Na política neoliberal é assim: quando cai a arrecadação, cultura e programas sociais começam a receber cortes.
Rudi Pompeu, da Cooperativa Paulista de Teatro, disse que o ilegítimo governo federal vem tentando tachar os artistas como vagabundos que mamam na Lei Rouanet.
Os participantes do evento também falaram sobre o histórico descaso do governador Geraldo Alckmin com a Cultura, que destina menos de 1% do Orçamento estadual para a pasta.
Além disso, denunciaram que o pouco recurso da Cultura vai sempre para os mesmos grupos. É uma política excludente, higienista, que não contempla a periferia, afirmou o músico Márcio.
A deputada Leci Brandão concordou e citou a ação de censura que vereadores do PMDB da capital estão propondo ao questionar a manifestação de artistas contra o governo Temer durante a Virada Cultural.
O deputado João Paulo Rillo, coordenador da Frente Parlamentar, explicou que, além de o Orçamento estadual da Cultura ser baixo, ele, em grande parte, não é executado.
Ao ouvir sobre o desmonte da Cultura em cidades do interior, Rillo propôs que um grupo de deputados e artistas fale com os prefeitos. Ele também sugeriu que a Cultura passe a dialogar com outros movimentos, como o estudantil o Levante da Juventude e o MTST.
Um grupo também falará com o deputado Carlão Pignatari, líder do PSDB na Assembleia Legislativa, sobre o orçamento da cultura.
Fernanda Fiot