Máfia da Merenda
O projeto de resolução para a instalação da CPI da Merenda recebeu ontem a noite uma emenda de plenário de autoria da base de sustentação do governo Alckmin, com esta medida a votação do projeto que permite a instalação desta que será a sexta CPI na Casa foi novamente postergado.
Logo no início das atividades do ano legislativo a Bancada do PT, apresentou o pedido de CPI da Merenda e iniciou a coleta de assinaturas. A base aliada do governador Geraldo Alckmin resistiu e não apoiou a iniciativa da oposição.
As frequentes denúncias da Bancada do boicote à CPI levaram os movimentos estudantis a cobrarem as investigações e realizarem protestos que culminaram com a ocupação da Assembleia Legislativa. A base da negociação para a desocupação da Assembleia, pelos estudantes foi a imediata instalação da CPI, o que foi cobrado ontem pelo líder da Bancada, José Zico Prado, ao presidente da Assembleia deputado, Fernando Capez, que também está implicado nas denuncias de envolvimento com a Máfia da Merenda.
Diante das intensas críticas e cobranças, os apoiadores do governador apresentaram outro pedido de CPI e o protocolaram, como uma manobra para ter controle do processo de investigação.
A emenda ao PR aprovada, ontem, amplia o objeto de investigação e inclui empresas fornecedoras de merenda e agentes públicos, além das cooperativas de agricultura familiar, em especial a COAF e as 22 prefeituras, que já foram identificados no esquema que roubou recursos das merendas das escolas públicas.
Esta emenda é mais um penduricalho para postergar a CPI e desviar o foco das denúncias que apontavam a ação de pessoas muito próximas ao governador Geraldo Alckmin, que ficavam na antessala de seu gabinete no Palácio dos Bandeirantes, apontou o líder petista.
O Projeto de resolução está pronto para ir à votação em plenário e para ser aprovado são necessários 48 votos favoráveis.
Rosário Mendez