Atual diretoria da Bancoop fecha acordo com a maioria dos cooperados

14/09/2010 16:35:00

CPI

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A CPI da Bancoop colheu depoimento, nesta terça-feira (14/9), do atual presidente da Cooperativa Wagner Castro, que relatou aos deputados a situação financeira da instituição e as medidas que estão sendo adotadas para sanar os problemas de cooperados que se sentem prejudicados por cobranças de rateios extras ou pela paralisação das obras de alguns empreendimentos.

Castro assumiu a direção em fevereiro de 2009 e narrou que constatou, por meio de auditorias, que a Bancoop tem R$ 108 milhões em ativos, sendo R$ 80 milhões em recebíveis, e uma dívida de R$ 40 milhões. Entre os credores estão o Sindicato dos Bancários, além de compromissos com os cooperados e fornecedores.

O presidente da cooperativa informou que todos os dados dos empreendimentos estão disponíveis na página eletrônica da instituição: “os cooperados podem obter as informações, sobre o andamento, custos, documentações, relatórios e informações sobre auditorias realizadas pelo Ministério Público Estadual, bem como auditorias realizadas por peritos indicado pelos cooperados e pago pela Bancoop”, informou Castro.

Ainda de acordo com o depoente, foram adotados dois procedimentos em busca de solução para atender os cooperados e entregar os imóveis dos negócios firmados. “Em alguns casos foram refeitos os cálculos, conseguimos alguma redução nos custos do empreendimento e fechamos com os cooperados, a conclusão das obras ao preço de custo. Há outros, que os associados optaram com contratar uma construtora e pagaram os valores apresentados pelo mercado. Há apenas o caso do empreendimento Torres da Mooca que não fechou acordo com a cooperativa. Em 20 empreendimentos foram concluídas as obras, fruto das negociações da cooperativa com os associados, e nove estão com obras em andamento”, esclareceu o presidente da cooperativa.

Castro destacou, ainda, que a Bancoop apresentou para as associações dos cooperados e seus advogados constituídos propostas de renegociações das dívidas e de custeio para a conclusão dos imóveis e afirmou que a diretoria está disponível para, de maneira organizada, apresentar todas as informações e esclarecimentos julgados necessários.  

Indagado sobre quais medidas a atual presidência teria tomado diante das irregularidades administrativas ou de gestão, deixadas pela diretoria anterior, Wagner disse que foram mudados os critérios para contratação de prestadores de serviços, com outras qualificações, que resultou no desligamento das empresas contratadas anteriormente, inclusive aquelas que pertencem aos ex- diretores da cooperativa. 

Ao final, Wagner Castro informou também sobre a existência de ações judiciais contra as empresas Germany e Mizu e contra o ex-diretor Tomás Edson Botelho Fraga.

 

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