Em greve

Professores, alunos e funcionários das Etecs e Fatecs lotaram nessa quarta-feira (19/3) o auditório Franco Montoro, na Assembleia Legislativa, para reivindicar plano de carreira para a categoria, que está em greve há mais de um mês.
A audiência pública, iniciativa do deputado Enio Tatto, foi realizada pela Comissão de Educação da Assembleia, presidida pelo deputado João Paulo Rillo.
Os grevistas reivindicam a correção das tabelas salariais de acordo com o Prêmio de Incentivo à Educação Profissional (as que organizam os processos de promoção e progressão dos funcionários e as que incluem os benefícios da sexta parte), licença maternidade de 180 dias, auxílio alimentação, refeição e creche.
De acordo com a presidenta do Sindicato, Silvia Elena de Lima, desde a última greve, em 2011, o governo do Estado vem prometendo um projeto que atenda antigas reivindicações. Somente com essa nova greve, iniciada em 14 de fevereiro, o governo finalmente enviou projeto para a Assembleia que, segundo Silvia, tem problemas.
Nossa perspectiva é a de que o PLC 07/2014 seja aprovado o quanto antes com as 25 emendas que protocolamos aqui na Assembleia Legislativa. São emendas que melhoram o Projeto, tal como discutimos no ano passado com o Centro Paula Souza, disse Silvia. As emendas têm o apoio da Bancada do PT.
O deputado Enio Tatto lembrou que a excelência das Etecs e Fatecs é reconhecida por todos, menos pelo governo do Estado, que não valoriza seus profissionais.
A estudante Mirela falou sobre o descaso que ocorre na Etec de Mongaguá, que não tem laboratório, refeitório, auditórios, enfim, uma estrutura mínima.
Tiago Aguiar, da UNE, afirmou que esse é o momento para se discutir a Educação no Estado. Esse descaso com a Educação é o mesmo que faz com que a Fatec seja a prima pobre do ensino superior estadual, que já não vai bem. Investimentos foram cortados na USP porque o reitor anterior realizou gastou enormes e suspeitos, disse Tiago.
Depois da audiência, o grupo seguirá para o plenário da Assembleia Legislativa.