Meio Ambiente
Termo de ajustamento de conduta firmado com a Cetesb em 2005 ainda não foi cumprido
Os deputados do PT, Adriano Diogo e João Paulo Rillo, participaram nesta terça-feira (29/10), de audiência pública da Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável para discutir a contaminação do solo na área aterrada em 2011 no campus leste da USP.
Participaram representantes da USP, da Cetesb e da empresa contratada para mapear possíveis locais contaminados no campus leste que relataram o que está sendo feito no sentido de eliminar a possibilidade de haver explosões por acúmulo de gás metano dentro do campus.
O representante da USP, arquiteto Rogério Bessa Gonçalves, elencou as diversas técnicas que a universidade tem usado, desde o começo do processo de licenciamento junto à Cetesb, por meio de diferentes empresas, entre elas o IPT, que foi contratado pela USP em 2006 para mapear e solucionar o problema da existência de gás.
Após a utilização de alguns métodos, descobriu-se uma bolha de gás apenas sob o prédio “Laranjinha”, edificação de caráter provisório levantada para abrigar refeitório, que já está funcionando em outro local. Respondendo a perguntas de deputados, Gonçalves disse que há 107 pontos de prospecção em todo o campus e que há apenas uma ocorrência, a já citada.
Contaminação
A geóloga Aline Michele, da Servmar, atual contratada pela USP para mapear os pontos de ocorrência do gás, e também para investigar a contaminação do solo, confirmou o que o representante da USP já havia dito sobre o metano e acrescentou que há 102 pontos de sondagem no campus para investigar a questão da contaminação do solo e que, com o mapeamento, vai ser possível saber se essa contaminação existe e em qual volume.
O presidente da Cetesb, Otavio Okano, disse que o problema do licenciamento da área em que a USP Leste se encontra vem se desenrolando desde 2004, e que a atual crise foi criada pela colocação de uma placa (“famigerada placa” em suas palavras), com o logotipo da Sabesp, mas que não foi colocada pela Sabesp. Sobre os procedimentos que a Cetesb vem realizando desde o princípio, Okano passou a palavra para os técnicos que acompanham especificamente o caso da USP, porque, segundo ele, há em São Paulo mais de 4 mil áreas contaminadas e é impossível acompanhar todos.
Sistema de drenagem
A responsável pelo setor de licenciamento da Cetesb, Ana Cristina, disse que, em 2005, a USP assinou um termo de ajustamento de conduta que até hoje não cumpriu. “Por isso, sofreu algumas autuações e a área vem sendo tratada como área contaminada por outra diretoria”, esclareceu. Helton Gloeden, da diretoria que trata de áreas contaminadas, disse que a área da USP vai receber esse tratamento, de área contaminada, até que a USP faça o sistema de drenagem que foi exigido quando da assinatura da TAC.
Também falaram na audiência a representante dos professores da USP, Elizabeth Franco, e o representante dos alunos, Hernandez Silva, que externaram a preocupação de todos com as possibilidades de contaminação.
fonte: Agência Alesp