Bancada do PT apoia permanência do SINTUSP na Cid Universitária

19/01/2017

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Na manhã desta quinta (19), o deputado Alencar Santana Braga representou a Bancada Estadual do PT-SP, em um ato contra o fechamento do Sindicato dos Trabalhadores da USP, na Cidade Universitária, capital paulista.

Na ocasião, Alencar declarou apoio da Bancada pelo não fechamento do sindicato e dialogou de modo combativo com os trabalhadores, estudantes, movimentos sociais e outros partidos de esquerda ali presentes.

O parlamentar mostrou-se indignado com o autoritarismo de Marco Antonio Zago, atual reitor da USP e sua gestão, que entre outras ações de retrocesso, quer também acabar com a creche da Universidade, decisões que não condizem com o papel democrático da maior universidade do país. “Tirar esses espaços é acabar com o direito de reunião, de organização, não só dos trabalhadores que lutam por suas categorias, mas dos trabalhadores que ajudam a fomentar a discussão sobre educação de qualidade dentro da Cidade Universitária.” Declarou Alencar

Claudionor Brandão, diretor do SINTUSP, informou que Zago declarou à Revista Veja que para viabilizar projetos para a universidade, será necessário abandonar a dinâmica de sindicalismo na vida universitária. “Não é fácil dar um passo como esses, mas é essencial e já foi feito em outros países” Brandão disse ter sido essa, a frase do Reitor para a publicação. 

Ele conclui que fica claro o objetivo de banir o direito dos trabalhadores da USP acabando com o sindicato e não só de despeja-los do espaço. 

Nenhum convite para diálogo foi apresentado pelo Reitor. Os sindicalistas receberam duas notificações para deixar o local no prazo de 30 dias. Resistiram, não cumpriram o primeiro prazo e nem o segundo. Em 26 de novembro, Zago entrou com um pedido de reintegração de posse na Vara da Fazenda Pública, o Tribunal concedeu uma liminar no dia 30/11, mas não omitiu ofício para execução da ação e no dia 21/12 instalaram grades para isolar o Sintusp da Escola de Comunicação e Artes (ECA) e restringir o acesso ao prédio do sindicato.

“Fomos procurar o chefe de gabinete da Reitoria. Thiago Leporace nos recebeu. Nessa conversa, a Reitoria disse não ser contra entidades representativas dentro do Campus. Mas no caso do SINTUSP foi dito que a permanência do sindicato “em tese sim” pode acontecer, e prometeu não pedir reintegração de posse até o dia 26 de janeiro, data de uma conversa no Ministério Público entre sindicato e Reitoria sobre o problema. No diálogo, foi prometido também, que até lá, o acesso ao SINTUSP será garantido sem restrição. Nossa posição é de resistência, não vamos sair!” finalizou, Brandão.

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