
A Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano do Estado de São Paulo (CDHU) teve uma produção habitacional mal distribuída durante o governo do PSDB em São Paulo.
Atualmente cerca de 85% do déficit habitacional, está nas Regiões Metropolitanas de São Paulo, Campinas e Baixada Santista, concluindo que a distribuição das unidades construídas pelo governo do PSDB, obedeceram a critérios políticos, e não por necessidades e prioridades, assim o interior fica com 53% e as RMs com 57%, deixando claro que a inversão de prioridades, contribuiu para o aumento do déficit habitacional nas Regiões Metropolitanas.
O PSDB deu prioridade à construção de casas em municípios com baixa demanda ou até mesmo com população decrescente, negligenciando onde há carência habitacional agravando a situação. O SINDUSCON-SP em recente levantamento, divulgou déficit habitacional de 2,5 milhões de unidades.
As metas habitacionais aprovadas nas leis orçamentárias nunca foram cumpridas, mas os recursos necessários foram aprovados pelos deputados estaduais e o resultado é um acinte à sociedade que contribui compulsoriamente com o aumento de 1% do ICMS, conforme tabela abaixo:
Recentes denúncias divulgadas na imprensa sobre superfaturamento em obras de casas populares investigados pelo Ministério Público Estadual, apontam a atuação de uma máfia que operava a cerca de sete anos na CDHU. que culminou num desvio de mais de R$ 40 milhões, no Programa Habiteto.
São alvos de um inquérito policial aberto pelo MPE o superintendente e gestor do programa Habiteto da CDHU, Arnaldo Negri- irmão do ex- ministro da saúde Barjas Negri (PSDB)- o superintende de Obras do Interior, Antonio Carlos Trevisan, o superintende de Orçamento e Controle Silvio Vasconcelos e um dos diretores, Eduardo Leonardo.
As investigações apontaram que com a conveniência de prefeitos, vereadores e funcionários da CDHU, recebiam propina de empresários para que licitações abertas por prefeituras fossem fraudadas, como o caso denunciado na região de Presidente Prudente e em Carapicuíba, que resultou na prisão e perda de mandato de um vereador, além da Zona Leste da capital.
Em Presidente Prudente os operadores do esquema movimentaram cerca de R$ 2 milhões mensalmente. O prefeito do município de Pirapozinho Sérgio Pinaffi (PTB) e o vereador Roni Von de Andrade (PSDB) e o coordenador de Obras da regional de obras da CDHU- Climério Pereira, foram detidos.
Segundo o delegado da Polícia Civil responsável pelo inquérito, que prendeu 17 acusados, a máfia agia também nos municípios de Marília e São José do Rio Preto.O TCE- Tribunal de Contas do Estado, apontou a presença da quadrilha em 21 cidades do Oeste Paulista, que desfalcou a Companhia em R$ 135 milhões.
A Bancada do PT tem denunciado a operação de fraude na CDHU, defendido a instalação de uma CPI que tem se mostrado necessário como um instrumento de apuração e depuração da estrutura de corrupção montada no Estado de São Paulo.
Assessorias de Habitação e Comunicação – Liderança do PT