O governador José Serra enviou em 25/04, para a Assembléia Legislativa de São Paulo , projeto de Lei que institui o salário mínimo regional.
O anúncio do projeto feito pelo governador e pelo secretário estadual do Emprego e Relações do Trabalho, Guilherme Afif Domingos, fixou três pisos salariais: R$ 410,00,
R$ 450,00 e R$ 490,00, dependendo da categoria profissional em que o trabalhador está inserido. Segundo o Executivo a proposta vale para os trabalhadores que não têm piso salarial definido em lei federal, por convenção ou acordo coletivo e para os empregados domésticos.
Na audiência pública ocorrida no Legislativo em 14/06, representante de Centrais Sindicais indagaram o secretário Afif sobre a falta de diálogo e cobraram que em momento algum foram convidados a discutir um projeto tão importante para os trabalhadores. Os sindicalistas apontaram ainda que apesar de São Paulo representar o maior PIB (produto interno bruto) do país, os valores dos pisos regionais estipulados pelo projeto paulista são menores que os fixados em estados como Rio de Janeiro, Paraná e Rio Grande do Sul.
O líder do PT deputado Simão Pedro, questionou o critério adotado pelo governo que estipula três níveis de remuneração para os trabalhadores paulistas e enfatizou a falta de meios de aferir, por exemplo, a justificativa de um carpinteiro receber um salário maior que um trabalhador rural.
Outro ponto levantado pela Bancada petista é o fato de o governador Serra propor um piso regional e não incluiu os servidores estaduais, sendo que no funcionalismo do Estado há salários-base inferiores ao piso nacional, como é o caso do cargo de auxiliar administrativo da Saúde que tem salário-base de R$ 67,00.