Saúde
Por iniciativa do deputado estadual Roberto Felício e da Frente Parlamentar em Defesa do Iamspe, a Comissão Consultiva Mista do Instituto – CCM – realizou, no dia 30, audiência pública na Assembléia Legislativa para debater ações pela melhoria no atendimento e pela ampliação dos Ceamas, os Centros de Assistência Médica Ambulatorial. Além de Felício, participaram da audiência os deputados Adriano Diogo e Marcos Martins, do PT.
A Assembléia aprovou, em dezembro de 2007 e designou uma comissão para avaliar a crise no Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual, no momento em que o Iamspe deixou de ser subordinado à Secretaria de Saúde, passando à Secretaria de Gestão Pública. O requerimento para constituição dos trabalhos foi subscrito por vários parlamentares, coordenados pelo deputado Roberto Felício.
A pressão exercida pela CCM e pela bancada da oposição garantiu a inclusão de emendas de dotação orçamentária de R$ 100 milhões para a rede Iamspe no interior do Estado. O Hospital do Servidor Público Estadual – HSPE – ficou, no entanto, sem nenhum acréscimo na proposta de orçamento.
O Presidente da Comissão de Saúde e Higiene, Adriano Diogo (PT), defende a realização de uma audiência pública da Comissão de Saúde da Assembléia no próprio Hospital do Servidor, para discutir a situação financeira do instituto.
Crise
As críticas em relação ao atendimento no HSPE e Ceamas são unânimes. No dia 04 de agosto, o Jornal Agora São Paulo revelou na reportagem “Servidor sofre para marcar consulta em hospital” que o sistema estadual de saúde é alvo constante de reclamações dos usuários, que denunciam que não conseguem agendar consultas por telefone, Internet ou terminais de auto-ajuda.
Os funcionários e usuários do Iamspe enfrentam diariamente as conseqüências da escassez de recursos, já que o governo estadual não investe a sua cota-parte dos 2%, que são cobrados mensalmente dos funcionários.
Para tentar conseguir uma consulta e até mesmo marcar cirurgia, os usuários são obrigados a enfrentar grandes filas e submeter-se a demorados períodos de espera para exames complementares, entre outros problemas. A crise também se estende pelos 18 Ceamas espalhados pelo Estado.
E não são apenas os pacientes que têm problemas com o Iamspe. Os funcionários do Instituto paralisaram suas atividades no dia 28 de agosto, em protesto contra uma série de questões funcionais não resolvidas pela Superintendência, referentes à preceptoria, residência médica, jornada de trabalho dos funcionários administrativos, plantões e prêmio de incentivo.