Protesto
Apuração do escândalo do PSDB no Metrô Já!. O pedido indignado de investigação estampava a faixa carregada por manifestantes que participaram hoje do Ato Público em frente à sede do Metrô, na região central da capital.
Realizada por deputados estaduais, federais e vereadores do PT, a manifestação reuniu também representantes das centrais sindicais e movimentos sociais.
Além de denunciar e cobrar apuração das suspeitas de corrupção em licitações de obras do Metrô, os parlamentares falaram sobre outros escândalos recentes envolvendo a Companhia, como o Caso Alstom, multinacional francesa que produz trens e é suspeita de favorecimento em concorrências do Governo de São Paulo, e o episódio Paulo Preto.
São inúmeras denúncias amplamente divulgadas, lembrou o líder da Bancada do PT na Assembleia, deputado Antonio Mentor, que tem denunciado frequentemente a falta de investigação das fraudes tucanas.
A Bancada protocolou no Ministério Público Federal e no MP Estadual representações para a investigação dos indícios de licitação combinada previamente entre empreiteiras para obras de expansão da Linha 5 do Metrô. O Jornal Folha de S.Paulo soube dos nomes das empresas vencedoras da licitação há 6 meses. As obras devem custar aos cofres públicos mais de R$ 4 bilhões.
Financiamento internacional
O presidente do PT estadual e deputado eleito, Edinho Silva, acredita que o Ministério Público Federal tem competência para apurar a questão por haver financiamento internacional à Linha 5.
Portanto, o governo Lula passa a ser avalista desse empréstimo e, por isso, a Bancada apresentou representações aos Ministérios Estadual e Federal, disse Edinho, durante a manifestação.
O processo de licitação do Metrô de São Paulo que está sob suspeita e acabou sendo foi iniciado quando José Serra era o governador do Estado antes de, em março, deixar o comando para disputar a Presidência.
Após as denúncias, o governo de São Paulo, hoje comandado por Alberto Goldman, mandou suspender o processo de licitação. Goldman pediu a abertura de uma investigação no Ministério Público Estadual para que se apure o caso.
A antecipação do nome dos consórcios vencedores da licitação do Metrô, registrada pela Folha de S. Paulo em cartório no mês de abril, o que demonstra que todo o procedimento serviu apenas como fachada para encobrir acordos possivelmente já firmados entre as empreiteiras e o governo.