Saúde
Já somam 50 mil as assinaturas ao abaixo-assinado da campanha por um hospital estadual para atender aos quase 700 mil moradores da microrregiã ;o de Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra, no Grande ABC. A iniciativa da campanha é do 1º secretário da Assembléia Legislativa, deputado Donisete Braga (PT), em parceria com o Movimento Acesso à Saúde, Acesso à Vida, coordenado por Miguel Lajarin, morador de Mauá e militante dos mais atuantes na á ;rea de saúde.
Iniciada em 12 de abril passado, a primeira fase da campanha foi feita em postos fixos de recolhimento de assinaturas nos três municípios da microrregião. Nesta fase também foi feita uma panfletagem expondo a necessidade de ampliação do atendimento hospitalar no Grande ABC. Atualmente o recolhimento de assinaturas é feita de casa em casa.
“Mais de 95 por cento dos moradores que visitamos aderem na hora a luta pelo hospital estadual. A população apóia a campanha porque sabe que há uma demanda reprimida de leitos hospitalares”, diz Miguel Lajarin. De acordo com ele, de junho a agosto de 2007 aproximadamente 600 doentes graves não conseguiram vagas nas UTIs dos dois hospitais estaduais da região o Mário Covas, em Santo André, e o Serraria, em Diadema. “Não sei o que aconteceu com essas pessoas”, acrescenta Lajarin, que disponibilizou o telefone nº (11) 3421-5998 para esclarecimentos sobre a campanha.
100 mil assinaturas
O deputado Donisete Braga esclarece que a meta é recolher 100 mil assinaturas até o final de junho. “Quando atingirmos esse nú mero levaremos o abaixo assinado ao governador José Serra e ao secretário de Estado da Saúde, Luiz Roberto Barradas Barata” , adianta o deputado. Ele defende a construção de um hospital com 200 leitos para atendimentos de média e alta complexidades. A luta já ganhou a adesão de vereadores das câmaras municipais de Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra, entre outras cidades do Grande ABC.
O 1º secretário atua desde 2001 em prol da construção do hospital estadual. Recentemente apresentou Indicação ao governo do Estado e emenda de R$ 20 milhões à Lei de Diretrizes Orçamentária (LDO) e outra ao Plano Plurianual para viabilizar a sua proposta. “O hospital é mais do que necessário porque de cada cinco pessoas que procuram hospitais públicos do Grande ABC, uma é obrigada a buscar tratamento fora da região”, justifica.
Faltam serviços essenciais
Outros problemas enfrentados pela população local, conforme Donisete Braga, são a falta de serviços especializados, como cirurgias cardíacas, neurológicas e ortopédicas, atendimento oncológico e ao queimado. “Além disso, exames como cateterismo cardíaco, ressonância vascular e angiografia cerebral, entre outros, somente podem ser realizados na Capital”, observa. Para ele a situação da saúde pública hoje na região é grave e os problemas tendem a aumentar com os possíveis acidentes que ocorrerão quando for concluído o trecho Sul do Rodoanel.