Saúde
O projeto que sugere a inclusão da vacina contra o Papiloma Vírus Humano (HPV) na rede pública de saúde, de autoria da deputada estadual Ana Perugini (PT) está pronto para ser votado na Assembléia Legislativa. A propositura, sob número 708/2007, recebeu pareceres favoráveis das Comissões de Constituição e Justiça, Finanças e Orçamento e, da Comissão de Saúde. O objetivo é tornar acessível este medicamento que está disponível em clínicas particulares desde 2006, quando a Agência Nacional de Vigilância Sanitária, a Anvisa, autorizou a comercialização no Brasil.
A vacina é indicada para mulheres na faixa etária dos nove aos 26 anos e é prescrita em três doses. Em média, o custo, por dose, varia entre R$ 350 e R$ 500, valor que torna quase impossível o acesso para a maioria das mulheres.
Números divulgados recentemente pelo Instituto Nacional do Câncer, o Inca, justifica a relevância do projeto de Ana Perugini. Somente em 2008, 18.680 novos casos de câncer do colo serão registrados no Brasil. Uma proporção de 19 casos para cada grupo de 100 mil mulheres. No mundo são registrados 500 mil novos casos por ano e 230 mil mortes em conseqüência do câncer do colo do útero.
Atualmente a rede pública de saúde disponibiliza o teste de Papanicolau, exame que, quando feito anualmente, permite identificar em tempo de tratamento, 80% das infecções por HPV. Assim, a vacina contra o HPV surge como forte aliada da saúde feminina.
O HPV
Para que uma mulher desenvolva um câncer de colo do útero ela, necessariamente, deve ter apresentado infecção pelo papiloma vírus humano, o HPV. Até hoje foram identificados 15 tipos de HPV e outros 200 subtipos, sendo que 70% dos casos estão relacionados com infecções pelos tipos HPV16 e o HPV18.
O exame Papanicolau foi, até os anos
O HPV é transmitido durante a relação sexual por alguém que esteja contaminado sendo necessário apenas o contato com a pele. Portanto, a contaminação pode ocorrer mesmo que não haja penetração.