Comissão comemora os 60 anos dos Direitos Humanos

08/12/2008 16:56:00

Santo Dias

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A entrega do XII Prêmio Santo Dias de Direitos Humanos, que acontece na próxima segunda-feira, 8 de dezembro, será marcada por dois fatos: acontece nas comemorações dos 60 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos e a Comissão de Direitos Humanos da Assembléia Legislativa é presidida pelo deputado José Cândido, que foi colega de Santos Dias na Pastoral Operária de São Paulo. Militante notório da causa, Cândido liderava uma greve em Suzano, quando o metalúrgico foi assassinado pela repressão.

O ganhador da edição 2008 do Prêmio é o Padre Ticão, indicado no último dia 05 pela Comissão e reconhecido pelo seu trabalho em defesa de comunidades carentes da zona leste da capital. Os outros 11 finalistas também receberão menção honrosa durante a solenidade de entrega do prêmio, na próxima segunda-feira.

O Prêmio é conferido anualmente pela Assembléia Legislativa a pessoas ou entidades que se destacam durante o ano por suas atividades em defesa dos direitos humanos.

Finalistas

Em 2008 foram indicados 12 trabalhos voltados à luta contra a violência, o preconceito, a corrupção e em defesa dos detentos, dos trabalhadores, da inclusão social, dos direitos das crianças e dos adolescentes e de outros temas relevantes para a sociedade. “São grandes batalhadores dos direitos humanos”, elogiou o deputado Cido Sério durante a Comissão que apresentou os indicados. Conheça cada um deles:

 

– Givanildo Manoel da Silva: Trabalha em defesa dos direitos das crianças e dos adolescentes, principalmente dos que estão em situação de risco;

– Milton Barbosa: Atua contra o extermínio da juventude pobre e negra e é um dos coordenadores da Campanha Mano Não Morra, Não Mate;

– Comissão Teotônio Vilela: ONG de combate à violação dos direitos humanos nas unidades prisionais;

– Centro de Atenção à Saúde Sexual e Reprodutiva Maria Auxiliadora Lara Barcelos: atua em defesa do direito à saúde para mulheres carentes na Cohab Prestes Maia;

– Centro de Direitos Humanos de Sapopemba: formação de agentes sociais com atuação em educação, saúde e exercício da cidadania;

– Doutor Marlon Alberto Weichert: Procurador com trabalho em defesa da ética;

– Edivaldo Esteves: Trabalha na defesa dos direitos da população negra de Carapicuíba e região oeste;

– Procuradores Marlon Weichert e Eugênia Fávero: atuação em defesa dos direitos dos familiares dos mortos e desaparecidos políticos;

– Amelinha Silva Teles: militante da luta anti-tortura;

– Eufrásio Meira: incentivador das rádios comunitárias e das reivindicações populares, como direitos à saúde, moradia, educação, trabalho e segurança;

– Rede de Comunidades e Movimentos Contra a Violência: Reúne moradores de favelas e comunidades pobres em geral, sobreviventes e familiares de vítimas da violência policial ou militar, e militantes populares e de direitos humanos;

– Antonio Marchioni, o Padre Ticão: Atua com as comunidades carentes da zona leste, especialmente na região de Ermelino Matarazzo.

60 anos de luta pela igualdade

A sociedade que não respeita os direitos de um de seus grupos não respeita os demais. Esta é a premissa da Declaração Universal dos Direitos Humanos, que prega a liberdade de expressão, de pensamento e a luta pela igualdade, hoje e em 1948, quando o documento foi adotado pelos países membros da Organização das Nações Unidas, inclusive o Brasil.

 

Mas, segundo Relatório da Anistia Internacional, pessoas ainda são torturadas ou mal tratadas em pelo menos 81 países, são submetidas a julgamentos injustos em pelo menos 54 países e não têm direito de se manifestar livremente em pelo menos 77.

A solenidade pelos sessenta anos da Declaração e a entrega do XII Prêmio Santo Dias de Direitos Humanos acontecerá às 20h00 no Plenário Juscelino Kubitschek, na Assembléia Legislativa de São Paulo.

 

 

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