As pessoas de baixa renda e cidadãos e cidadãs afrodescendentes são vítimas freqüentes do abuso de autoridade e do preconceito por parte de maus policiais. Essas práticas se manifestam no momento da abordagem, se estendendo até as dependências de órgãos públicos.
Não raro, a abordagem e a detenção de suspeitos são acompanhadas de ofensas verbais e violência física. Pessoas em situação de rua, entre elas crianças e adolescentes, também são vítimas de tais “procedimentos”. Segundo ativistas e militantes de entidades e movimentos de direitos humanos, a situação ficou ainda pior depois das ações violentas praticadas por uma facção criminosa.
Para discutir a questão, a Comissão de Direitos Humanos da ALESP e o SOS Racismo, serviço de combate ao preconceito e discriminação por ela coordenado, realizarão reunião que tratará da prática de abuso de autoridade e preconceito por policiais civis e militares. A reunião será nesta quinta, 19 de outubro, às 14h30, no Plenário José Bonifácio da Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo, avenida Pedro Álvares Cabral 201, 1º andar.
Foram convidadas pessoas que foram vítimas de tais “procedimentos”, representantes de entidades de direitos humanos, e de órgãos públicos como: Marco Antonio Desgualdo, Delegado Geral de Polícia do Estado de S. Paulo; Cel. Eclair Elizeu Borges Teixeira, Comandante Geral da PM; Antonio Funari, Ouvidor das Polícias; Ruy Estanislau Silveira, Corregedor da Polícia Civil; Rodrigo César Rebello Pinho, Procurador Geral de Justiça do Estado; Clóvis Santinon, Corregedor da Polícia Militar; José Gregori, presidente da Comissão de Direitos Humanos da Prefeitura de São Paulo; e Willian Fernandes, Ouvidor da Defensoria Pública.