Conjuntos habitacionais estão entre as áreas mais contaminadas no Estado

11/11/2011

Risco de explosão

A lista com as dez áreas contaminadas no Estado de São Paulo, consideradas mais críticas pela Cetesb (agência ambiental do Estado), inclui três conjuntos habitacionais: Cohab Heliópolis (na zona sul da Capital); Condomínio Residencial Barão de Mauá (Mauá, na Grande São Paulo); e Cohab Vila Nova Cachoeirinha (zona norte da Capital).

São centenas de famílias morando sobre risco iminente de uma explosão e traz à tona o descaso do governo do Estado, quando o então governador José Serra, em 2007, vetou projeto de lei (164 /2003) de autoria do deputado do PT, Donisete Braga, que determinava que a Cetesb fizesse análise do solo e emitisse laudo técnico para empreendimentos imobiliários acima de dois mil metros quadrados, o que se evitaria a construção em áreas contaminadas.

No total estão cadastradas pela Cetesb 3.675 áreas contaminadas em todo o Estado (dados de dezembro de 2010) e desde que começou o controle das áreas contaminadas, em 2002, houve um crescimento de 1.341% no número de registros. No primeiro ano, foram identificados 255 terrenos contaminados. Após chegar a 3,6 mil em 2010, o número deve passar de 10 mil nos próximos anos, de acordo com o cálculo de especialistas.

Em Heliópolis, dois conjuntos habitacionais e três escolas estão em áreas críticas

O terreno onde ficam dois conjuntos habitacionais e três escolas em Heliópolis, zona sul da capital, entrou para a lista das dez áreas contaminadas consideradas críticas pela Cetesb (agência ambiental do Estado), na qual também está o shopping Center Norte.

Medições na área de Heliópolis onde havia um lixão nos anos 80 constataram gás metano no subsolo, que leva risco de explosão ao local.

Na prática, isso significa que a área onde vivem 1.682 famílias e funcionam três escolas deve passar por medidas semelhantes às adotadas no Cingapura Zaki Narchi e pelo Center Norte.
Esses locais foram obrigados a instalar drenos para retirar o gás do solo e jogá-lo na atmosfera.

Segundo a Secretaria Municipal de Habitação, a prefeitura vai apresentar em dezembro um estudo complementar da área com base de monitoramento diário feito em 220 unidades do térreo da Cohab e do Cingapura. Na quarta-feira (9/11), a prefeitura iniciou a medição nas escolas onde estudam 1.480 alunos.

A secretaria informou ainda que vai apresentar à Cetesb na semana que vem o relatório com a localização dos 270 poços de monitoramento, amostra do solo e o resultado das mediações diárias nas áreas externas. A Cetesb deu até janeiro para a elaboração de um plano para descontaminar a região.

As dez áreas com contaminação crítica

1. Cohab Heliópolis (zona sul de SP) – lixo doméstico e entulho

2. Aterros industriais Mantovani e Cetrin (Santo Antonio de Posse, 138 km de SP) – resíduos industriais

3. Bairro de Jurubatuba (Santo Amaro, São Paulo ) – solventes

4. Bairro de Vila Carioca (Ipiranga, São Paulo) – combustíveis

5. Condomínio Residencial Barão de Mauá (Mauá, Grande São Paulo) – resíduos industriais

6. Jardim das Oliveiras (São Bernardo do Campo, Grande São Paulo) – resíduos sólidos

7. Shopping Center Norte (zona norte de São Paulo) – lixo doméstico, resíduos industriais e entulho

8. Mansões de Santo Antonio (Campinas, 93 km de São Paulo) – solventes

9. Indústrias Reunidas Matarazzo (São Caetano do Sul, Grande São Paulo) – resíduos industriais

10. Cohab Vila Nova Cachoeirinha (zona norte de São Paulo) – lixo doméstico e entulho

*com informações do jornal Agora

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