Propinoduto Tucano
Corregedoria criada por Alckmin é cortina de fumaça, afirma deputado
Criada para investigar os casos de corrupção no Metrô e na CPTM, envolvendo agentes públicos e empresas estrangeiras, investigações estão paradas há mais de um ano
Para o deputado estadual Luiz Claudio Marcolino , a Corregedoria-Geral criada pelo governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), que supostamente deveria investigar as denúncias de corrupção e formação de cartel nas obras e compras de trens do Metrô e da CPTM é, na verdade, uma “cortina de fumaça” para encobrir o caso.
O deputado afirmou, em entrevista à imprensa, que corregedores nomeados pediram afastamento do órgão recém-criado, por falta de condições de trabalho. “Ele criou apenas um fato político, ao anunciar que `estava preocupado` com as denúncias de corrupção envolvendo o governo, e criou uma Ouvidoria que praticamente não recebia nenhuma documentação.”
Segundo Marcolino, após o indiciamento pela Polícia Federal de mais de 30 pessoas envolvidas no esquema, caberia à Corregedoria entrar com o pedido de abertura de inquérito ao Ministério Público Federal, o que não fez.
Outra questão grave, completa o deputado, é a paralisia nas obras da CPTM, do Metrô e na construção do monotrilho, desde as últimas eleições.
“Agiu para tentar ganhar as eleições e agora para tentar ficar `bem na fita` começa a criar mais um factóide”, avaliou, sobre o fato de Alckmin ter anunciado romper contratos em obras de expansão da Linha 4, por conta de atrasos no cronograma.
O deputado espera a investigação e punição dos envolvidos no escândalo de corrupção e que os recursos sejam devolvidos, mas afirma que a Justiça tem adotado “tratamento diferenciado” nos casos que envolvem autoridades do governo paulista.
Fonte: Rede Brasil Atual