CPI da propina da Siemens e Alstom enfrenta resistência da base de Alckmin

06/08/2013

Em Plenário

As denúncias de corrupção praticadas pelos sucessivos governos tucanos no Estado de São Paulo, nas compras e reformas de trens do Metrô e da CPTM e nas obras do sistema metroferroviário paulista, provocou calorosos debates no plenário da Assembleia Legislativa de São Paulo, nesta terça-feira (6/8).

A Bancada do PT obstruiu a condução dos trabalhos como meio de pressionar a base de sustentação do governo Alckmin a assinarem o pedido de CPI – Comissão Parlamentar de Inquérito, que na avaliação dos petistas é a principal pauta da Assembleia.

Até o momento, 26 deputados assinaram o pedido de CPI, sendo 22 do PT, dois do PC do B, um do PSOL um do PDT. São necessárias 32 assinaturas para que o pedido seja protocolado.
Diante da blindagem que o governo Alckmin montou no Poder Legislativo, o PT apresentou projeto de resolução para que, ao coletar as assinaturas, esta CPI seja a próxima a ser instituída na Assembleia.

Os deputados da oposição ocuparam durante toda a tarde a tribuna com protestos, críticas aos governistas, pela falta de sensibilidade de não apoiarem os mecanismos de investigação das fraudes no Metrô e na CPTM.

“Nós temos que dar respostas à sociedade. A Assembleia não pode ficar calada diante das evidências de corrupção. Desta vez foi a empresa que admitiu o pagamento de propina em acordo com o Cade”, destacou o líder da Bancada, deputado Luiz Claudio Marcolino.

Outro que se manifestou em plenário foi o presidente estadual do PT, deputado Edinho Silva: “nós não podemos fechar os olhos para as denúncias, o Poder Legislativo tem o dever político de investigar os desvios de recursos públicos”.

PL que privatiza parques públicos

Mesmo diante de todas as denúncias que assolam o governo tucano, a base governista queria colocar em pauta o projeto que prevê a privatização dos Parques estaduais Pico do Jaraguá, da Cantareira e de Campos do Jordão, além da Estação Experimental de Itirapina e da Floresta de Cajuru, por pelo menos 30 anos. No entanto, a Bancada petista obstruiu e impediu que o projeto fosse colocado em votação. “A investigação das fraudes nos contratos do governo do Estado é a principal pauta da Casa neste momento”, explica Marcolino.

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