Pedágios

Em discurso na tribuna da Assembléia Legislativa de São Paulo na tarde desta quinta-feira (26/6), o deputado estadual Hamilton Pereira (PT) criticou com veemência o aumento de 11,52% nas tarifas de pedágios das rodovias paulistas. Um dos pontos atacado pelo parlamentar foi o fato de o índice utilizado para o reajuste ser o IGP-M, geralmente utilizado para itens que acompanham a variação cambial.

O IGP-M supera, em dobro, a maioria dos indicadores usados no Brasil, como o IPCA (5,04%), IPC-FIPE (4,51%) e INPC (5,9%), que ajusta os salários. Segundo Hamilton, os custos das concessionárias são em reais e não se justifica a adoção desse indexador. Um estudo realizado pela assessoria da Liderança do PT na Assembléia mostra que, com isso, as tarifas dos pedágios paulistas, que são as mais caras do Brasil, subirão o dobro da inflação oficial.

“Veja que os salários estão sendo reajustados em apenas 5,9%. E o salário de categoria que é combativa, faz campanhas salariais, pressiona os empresários, os patrões”, observou Hamilton. “E sem nenhuma pressão das concessionárias, o Governo do Estado reajusta em 11,52% os pedágios das rodovias paulistas. Um grande reajuste que incidirá no bolso dos usuários das estradas paulistas”, completou.

Sorocaba

A paralisação das obras de construção das pistas marginais na Rodovia Raposo Tavares, no trecho que corta Sorocaba foi outro ponto atacado pelo deputado Hamilton. “O Estado, muito amigo das concessionárias, dá a elas esse presentão: 11,52% de reajuste das tarifas na Castelo Branco, na Rodovia Raposo Tavares…”, afirmou Hamilton. “E, contraditoriamente, paralisa as obras das marginais da rodovia raposo Tavares que é uma reivindicação de mais de dez anos”, completou.

Para o deputado é “incompreensível”. “Retiram-se, sem nenhum aviso prévio, os homens, as máquinas, paralisam-se as obras que são esperadas há muito tempo pela população de Sorocaba que transita ali naquele trecho que corta a nossa cidade”, protestou. “É de se lamentar o que esse governo tucano está fazendo com o povo do estado de São Paulo”, concluiu.