Delegado-geral admite mudança no nº de homicídios

13/11/2012

Em São Paulo

Delegado-geral da Polícia Civil admite mudança brutal no número de homicídios

O delegado-geral da Polícia Civil de São Paulo, Marcos Carneiro, admitiu nesta segunda-feira (12/11) que a onda que violência que atinge o Estado alterou significativamente o número de homicídios registrados. Por outro lado, o governador Geraldo Alckmin tem insistido na tese de que a situação está “sob controle”.

O último fim de semana (da noite de sexta até a noite de domingo) terminou com 25 mortes na Grande São Paulo (média de 12,5), sendo 17 apenas de sábado para domingo. No último trimestre (julho a setembro), porém, foi registrado um total de 333 homícidios na capital e outros 274 na Grande São Paulo, uma média de 6,5 mortes, por dia, na região metropolitana.

Questionado sobre os números, Carneiro falou em “quebra de padrão”.

“Houve essa quebra de um padrão. No Estado de São Paulo são 42 milhões de habitantes. Em média, nos estávamos com 10 a 12 mortos por dia . Infelizmente houve essa mudança brutal, e a polícia está investigando”, disse Carneiro.

Em 2011, o Estado de São Paulo registrou 4.403 homicídios, média de 12 casos por dia. Como a população do Estado é de aproximadamente 42 milhões de habitantes, a taxa de homicídios, em 2011, foi de 10,4 mortes para cada 100 mil habitantes, patamar próximo ao que a OMS (Organização Mundial da Saúde) considera não epidêmico: 10 mortes para cada 100 mil habitantes por ano.

As declarações foram dadas após a assinatura do acordo de cooperação entre governo do Estado e Ministério da Justiça, no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista.

O documento assinado por Alckmin e pelo ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, estabelece que o acordo de cooperação vai até o dia 31 de dezembro de 2014, podendo ser prorrogado conforme o interesse das partes.

Governo federal repassa R$ 60 mi

De acordo com Cardozo, o primeiro repasse de recursos do governo federal para o estadual será de R$ 60 milhões, que serão destinados à criação do Centro de Comando e Controle do Estado.
“O governo federal liberará, para a criação do Centro de Controle, R$ 60 milhões. O Estado também terá uma contrapartida forte. É isso que estamos fazendo. Projetos são definidos e, a partir de cada projeto, estudamos o recurso lado a lado”, disse Cardozo.

Para o ministro, a criação desse centro é “muito importante para São Paulo e para o Brasil”, pois vai “reunir todas as forças que atuam na área da segurança pública, permitindo um diálogo rápido para intervenções”. Segundo Alckmin, a ideia é o que centro esteja “em pleno funcionamento” antes da Copa do Mundo de 2014.

Entre as outras medidas previstas pela parceria estão a remoção de líderes de facções para presídios federais fora de São Paulo e o fortalecimento do IC (Instituto de Criminalística), para pesquisar o “DNA” da droga que sustenta o crime organizado.

fonte: Portal UOL

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