Convocado não compareceu
Deputada pede providências pelo descaso de diretor de hospital
A deputada Telma de Souza quer que sejam tomadas providências pelo não comparecimento de diretor de hospital na Comissão de Saúde para prestar esclarecimentos sobre denúncias na unidade
O diretor do Hospital Guilherme Álvaro da cidade de Santos , Ricardo Haiyden, convocado pela Comissão de Saúde para prestar esclarecimentos aos deputados sobre as denúncias de ausência de médicos e do fechamento por 11 meses da UTI pediátrica da unidade não compareceu à reunião, nesta terça-feira (4/9), na Assembleia Legislativa paulista, alegando, em mensagem por escrito, que já havia assumido compromissos anteriormente para a mesma data.
Para a deputada Telma de Souza, autora do requerimento de convocação, atitude de não comparecer à Comissão de Saúde é um desrespeito com a Casa e com a população, uma vez, que uma das funções dos deputados é a fiscalização das ações do Executivo e, pertencendo o hospital a rede estadual, o funcionário tem por obrigação prestar informações sobre a unidade que dirige.
A deputada lembrou que o Hospital o Guilherme Álvaro fechou a UTI pediátrica durante um ano, quando o compromisso era por dois meses; duas crianças morreram.
O presidente da Comissão de Saúde, deputado Marcos Martins, explicou que nova convocação deverá ser feita e, caso o diretor Ricardo Haiyden não compareça, deverão ser tomadas as devidas medidas jurídicas cabíveis.
Telma de Souza reforçou que de fato devem ser tomadas medidas contra o não comparecimento para se tornar um precedente na Comissão.
Comissão fez visita técnica ao hospital
No ano passado, os deputados Comissão de Sáude fizeram uma visita técnica ao Hospital Guilherme Álvaro depois que uma menina de dois anos de idade, moradora em Cananeia, no Vale do Ribeira, morreu em razão de complicações de uma cirurgia no sistema digestivo. O caso ocorreu em 14 de setembro de 2011. A vítima chegou a ser atendida num leito semi-intensivo, mas a ausência de médicos intensivistas e de UTI pediátrica foram fatores decisivos para a tragédia.
É inadmissível que um hospital do porte do Guilherme Álvaro, referência para mais de 30 cidades e cerca de 2 milhões de habitantes, passe sete meses sem uma UTI pediátrica, destacou a deputada Telma de Souza.