Santo Dias
Deputado do PT receberá Prêmio Santo Dias de Direitos Humanos
A Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa vai homenagear o ex- deputado estadual pelo Partido dos Trabalhadores Adriano Diogo no Prêmio Santo Dias de Direitos Humanos, criado em 1996. Indicado pelos parlamentares petistas João Paulo Rillo e Marcia Lia, Diogo receberá o prêmio junto com outros militantes de direitos humanos indicados pelos deputados.
Geólogo formado pela USP, Adriano Diogo integrou movimento estudantil e iniciou o enfrentamento á ditadura militar nos idos dos anos de 1963/64, no Colégio Américo de Moura, na Vila Prudente, onde organizou o movimento secundarista.
Ingressou na USP em 1963, onde organizou o movimento cultural no Diretório Estudantil na universidade e por suas ações reivindicatórias, contrárias à regime militar do governo Emilio Garrastazu Médice, em, 1971, Adriano Diogo foi preso e torturado pela OBAN- Operação Bandeirantes.
A OBAN foi um dos órgãos de repressão mais violentos na história da Ditadura Militar no Brasil, criada pelo II Exército em São Paulo, em Julho de 1969 e por onde passaram cerca de 10 mil pessoas que contestavam o governo de exceção.
Liberado em 1973, Adriano organizou a luta pela anistia e pelos direitos humanos. A seguir se engajou nas reivindicações populares e foi um dos líderes do movimento de moradia dos encortiçados do centro da capital paulista.
Militante Petista
Eleito em quatro mandatos a vereador na cidade de São Paulo, pelo Partido dos Trabalhadores, Adriano Diogo aprovou a primeira lei que instituiu no nosso país, a Coleta Seletiva de Lixo, redigiu o capitulo de Saúde Mental e do Trabalhador, na Lei Orgânica do Município de São Paulo.
Outra frente de atuação do então vereador Adriano Diogo foi a realização de seminários para disseminar informações sobre a prevenção de doenças sexualmente transmissíveis e foi um dos organizadores do Sistema de Mutirão e Autogestão em Moradia, entre outros importantes conquistas.
Secretário Municipal do Verde e Meio Ambiente de São Paulo
Em 2003, Adriano assumiu a Secretaria do Verde e Meio Ambiente da administração da cidade de São Paulo, onde foi o percussor da criação de sete parques e mais de 30 praças, nos locais mais carentes de áreas verdes.
Sua gestão foi marcada participação popular, com a criação de conselhos gestores dos parques e a constituição de novos equipamentos culturais e educacionais para a população paulista, com o Planetário do Parque do Carmo; Sala de Leitura do parque do Piqueri, Museu Afro-Brasil e o Auditório e a Fonte Multimídia do parque Ibirapuera, que faz do portfólio turístico e cartão postal da cidade de São Paulo.
Deputado estadual do PT
Por três legislaturas a Bancada dos deputados estaduais do PT na Assembleia Legislativa teve em sua fileira de resistência e combate às políticas privatista e de Estado mínimo do PSDB, Adriano Diogo, na linha de frente na defesa dos direitos humanos.
É de sua autoria a instituição da Comissão da Verdade do Estado de São Paulo, que foi uma das mais atuantes em colaboração com a Comissão Nacional da Verdade, Direito à Memória e a Verdade Histórica, em relação às graves violações dos direitos humanos ocorridos no território do Estado de São Paulo praticadas por agentes públicos estaduais durante o período de 1964 a 1982.
Em 2013, o então deputado assumiu pela segunda vez a presidência da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa paulista, onde em parceria com os demais integrantes conduziu as apurações e combate ao trabalho escravo, ações de violência policial, as denúncias de trotes violentos nas universidades paulistas, assim como, a violência sexual.
É também de sua autoria a criação do Prêmio Beth Lobo de Direitos Humanos, que homenageia as mulheres que se destacam na luta pela igualdade, além de quebrar barreiras contra o preconceito e o machismo.
Na sua ação parlamentar Adriano reformulou o SOS Racismo que é um órgão que atua na Assembleia Legislativa e instituiu ainda o SOS Violência Contra Mulher que tem o compromisso de colaborar com entidades públicas e ou privadas no combate à violência contra as mulheres. (RM)