Crise da água
O 1º secretário da Assembleia Legislativa, deputado Enio Tatto (PT), apresentou nessa terça-feira (3/3), requerimento para que o diretor-presidente da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo Sabesp esclareça questões relativas à crise de abastecimento de água vivida no Estado.
O parlamentar inicia o requerimento abordando a aplicação da tarifa de contingência, ou seja, penalidade de sobretaxa ou multa para quem aumentar o consumo de água. Enio Tatto requer informações a respeito dos critérios adotados para estipular multa e desconto aos consumidores, tendo em vista a desproporção na sua aplicação. Por exemplo, os consumidores que gastarem mais de 20% de água serão obrigados a pagar 100% a mais do valor da conta, enquanto os que economizarem 20% terão desconto de apenas 30%. O deputado também questiona a legalidade da medida e quer saber se os consumidores que pagam a taxa mínima de consumo, por utilizarem menos água, terão algum tipo de benefício.
Outro ponto levantado foi o da existência ou não de uma política permanente para economia de água. No caso de uma resposta afirmativa, Tatto pergunta se a população tem sido conscientizada ao longo do tempo sobre o assunto.
Vários municípios como Guarulhos, Santo André, Diadema, foram obrigados a fazer racionamento. No requerimento, questiona-se a SABESP sobre suas ações para amenizar o problema e sobre os cálculos para a cobrança de água, uma vez que houve redução na sua oferta.
Por fim, Enio Tatto pergunta a razão pela qual somente no município de São Paulo as medidas de incentivo e de penalidade estão sendo aplicadas e o que vai ocorrer nas demais cidades do Estado abastecidas pela SABESP.
Estudos indicam que a crise atual estava prevista e que medidas poderiam ter sido adotadas para amenizar o problema. Agora, em uma situação de emergência, o governo adota iniciativas questionáveis, que desejamos ver esclarecidas, conclui o deputado.
fonte: Assessoria de Imprensa deputado Enio Tatto