Acidente da Linha 4

O deputado Simão Pedro rebateu a afirmação do ex-governador Geraldo Alckmin em sabatina no Grupo Estado, em 2/9, de que a opção pela PPP (parceria público-privada) na linha 4 do Metrô não tem nada a ver com o acidente nas obras da estação Pinheiros.
Para o deputado, a PPP assinada em 2005 pelo ex-governador Geraldo Alckmin tem relação direta com o desabamento da estação Pinheiros, que matou sete pessoas em janeiro de 2007.
Simão Pedro faz a afirmação com base no laudo do Instituto de Pesquisas Tecnológicas sobre a tragédia. O modelo do contrato da obra (turn-key) se mostrou errado, explica o parlamentar. Esse tipo de contrato, no qual a entrega da linha já tem prazo e preços fechados desde o início, teria feito com que o Metrô não fiscalizasse os trabalhos. Isto porque com o turn-key, que em teoria não obriga a fiscalização, as alterações fugiram ao controle do Metrô, afirma Simão Pedro.
O laudo do IPT traz, entre outras conclusões, a de que alterações na sequência da obra foram fatores do acidente
O primeiro prazo dado por Alckmin, quando governador, para a inauguração da Linha 4, foi 2006. Agora ela deve operar em 2010. O deputado argumenta que logo no início, a obra já atrasou um ano por problemas com desapropriações, mas havia um cronograma a ser cumprido, e continua: a cada ano de atraso na obra as empresas que assinaram a PPP deixam de faturar R$ 550 milhões, só com a venda de passagens.
Duas das empreiteiras do Consórcio Via Amarela, responsável pelas obras da linha 4, também fazem parte do consórcio que ganhou a licitação que vai operar o trajeto pela PPP.
*A matéria usou informações do Jornal da Tarde, em 3/9/2008