Sem ordem judicial
Nesta quinta-feira (10/2), a Favela do Sapo, na Capital, amanheceu rodeada de policiais da tropa de choque da Polícia Militar, acompanhada da Guarda Metropolitana, com o objetivo de desabrigar as mais de 400 famílias do local. Como truculência, os barracos estavam sendo destruídos por máquinas da Prefeitura. Somente após a intercessão dos deputados petistas, Carlos Neder e Luiz Cláudio Marcolino (eleito), e dos movimentos de moradia, o despejo foi interrompido e marcada reunião para a tarde, com a superintendente da Secretaria de Habitação do Município de São Paulo, Elisabete França.
O objetivo é fechar um acordo para pôr fim aos despejos, sem mandato judicial, que a Prefeitura realiza na Favela do Sapo localizada ao redor da Marginal Tietê, entre as pontes da Freguesia do Ó e do Limão.
Arbitrariamente, a Prefeitura tenta expulsar os moradores sem ordem de despejo e sem propor qualquer alternativa habitacional. Na quarta-feira (9/2), 17 famílias foram despejados e suas casas demolidas. Nesta quinta, a intenção da Prefeitura era a demolição de pelo menos outras 80 moradias.
MTST faz manifestação na Secretaria da Habitação do Estado
Paralelamente a questão da Favela do Sapo, o MTST também realiza uma manifestação em frente a CDHU, no centro de São Paulo, na tarde desta quinta-feira (10/2). Cerca de 300 famílias ocupam o saguão do prédio da Secretaria da Habitação.
A manifestação está ligada à negociação da ocupação Che Guevara,localizado no município de Taboão da Serra. Segundo a coordenação do movimento, a CDHU vem atravancando o andamento das negociações de como resolver o problema da moradia das famílias. Está situação se complica ainda, pois já há uma ordem de reintegração de posse, e o despejo pode acontecer a qualquer momento.
A ocupação já tem quase um ano de duração, e as negociações já estão paradas há algum tempo. O movimento, então, organiza o ato para exigir que sejam dadas respostas concretas, e que a negociação seja encaminhada.