Greve

Nesta quinta-feira (9/4), o líder da Bancada do PT, deputado Geraldo Cruz, e os parlamentares Beth Sahão, Enio Tatto, Luiz Turco e Teonílio Barba estiveram na Praça da República no acampamento montado pelos professores da rede estadual, em greve há 28 dias.

Os deputados prestaram sua solidariedade e reafirmaram seu compromisso com a categoria. “Viemos cumprimentar os professores que estão lutando por melhores salários, melhores condições de trabalho, mas, acima de tudo, por uma Educação de qualidade no Estado”, afirmou Geraldo.

O líder petista ainda disse que a Bancada tem levado ao Colégio de Líderes da Assembleia Legislativa a necessidade de o governo abrir diálogo com a categoria. “Nada do que os professores estão pedindo é impossível para o Estado”.

Os professores reivindicam reajuste salarial de 75,33%, para equiparação salarial com as demais categorias com formação de nível superior –o piso dos professores estaduais é de R$ 2.415,89. Também está na pauta de reivindicações a diminuição do número de alunos por sala.
A presidenta da Apeoesp, Maria Izabel Noronha, a Bebel, disse que a greve deixou de ser só dos professores. “A sociedade assumiu para si esse movimento. A superlotação das salas de aula, a falta de água, tudo isso tem dificultado muito a educação no Estado”, concluiu.

Bloqueio

Mais no final da tarde, professores da rede estadual fizeram protestos em ao menos cinco rodovias paulistas. Houve bloqueios na Anchieta, na Régis, Ayrton Senna, na Raposo Tavares e no trecho leste do Rodoanel. Todas as estradas, porém, foram liberadas no início da noite.

O maior dos bloqueios aconteceu na Ayrton Senna. A rodovia foi completamente fechada no km 34, na região de Itaquaquecetuba (Grande SP), sentido interior. Cerca de 250 professores participaram do ato no local, que durou quase duas horas.

Além das rodovias, a Polícia Militar registrou protestos de professores também em São Paulo. Eles aconteceram na avenida Padre José Maria, na zona sul, e na avenida Jacu-Pêssego, na zona leste.

Nesta sexta-feira (10/4), os professores deverão fazer um novo protesto na frente do Palácio dos Bandeirantes, na região do Morumbi, onde decidirão qual será o andamento da paralisação.

A categoria afirma que a greve já tem a adesão de 60% dos professores. (FF)