Confronto entre as polícias de São Paulo
Três deputados estaduais de São Paulo estão no Palácio dos Bandeirantes, neste momento em que está ocorrendo o confronto entre as polícias civil e militar.
Os parlamentares Roberto Felício, líder da Bancada do PT, Carlos Giannazi do PSOL e Major Olímpio do PV, foram ao Palácio dos Bandeirantes, no início da tarde de hoje 16/10, antes da chegada dos manifestantes, com o objetivo de interceder pela retomada de acordo entre a comissão de negociação da polícia civil e o secretário de Gestão Pública Sidney Beraldo, do governo José Serra.
Assim que foi deflagrada a greve, o governo Serra publicou informe publicitário onde afirma já ter concedido reajustes salariais a policiais civis, militares e técnico-científicos em 2007, informação contestada pelos líderes da polícia.
Em 19 de setembro, o governo editou o decreto nº 53444 que remanejava R$ 37 milhões da secretaria da Segurança Pública, sendo R$ 15 milhões da polícia civil e R$ 22 milhões da polícia militar, para bancar os custos da mudança do prédio do DETRAN.
No dia 23 de setembro, a Bancada do PT emitiu requerimento de informações aos secretários de Segurança Pública, Ronaldo Marzagão, e da Casa Civil, Aloysio Nunes Ferreira Filho. Entre os 17 questionamentos do requerimento encaminhado às secretarias estão questões relativas à pauta de reivindicações dos policiais civis, como a realização de audiência para a apresentação formal desta pauta e possíveis contrapropostas.
Ontem (15/10), o secretário da Fazenda, Mauro Ricardo Machado Costa, esteve na Comissão de Finanças da Assembléia e foi questionado pelos deputados petistas quanto ao excesso de arrecadação das receitas, em mais de R$ 7 bilhões. O secretário admitiu que há recurso no caixa do Estado e disse que o governo estava oferecendo reajustes para alguns setores.
A Bancada questionou também o baixo gasto com pessoal e apontou que há mais de R$ 5 bilhões de recursos para o governo dar reajuste aos funcionários públicos, sem infringir a Lei de Responsabilidade Fiscal.
Falta de diálogo
O líder do PT está, neste momento, no Palácio dos Bandeirantes e informou que o confrontou se iniciou quando o governo disse ao comando de greve que não iria recebê-los, enquanto mantivesse a greve e as manifestações.
Nós temos a certeza que as polícias civil e militar não queriam chegar a este ponto. O confronto aconteceu por falta de diálogo e sensibilidade política do governador José Serra., ressaltou o líder do PT, Roberto Felício.