Diretora da Geap propõe soluções para o Iamspe

05/03/2008 15:00:00

SAÚDE

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Parizi afirmou que para solucionar o problema de fila de espera no Iamspe, precisaria haver um melhor dimensionamento entre oferta e demanda. 

Regina Parizi, diretora executiva da GEAP- Fundação de Seguridade Social, que responde pela saúde de servidores públicos federais,fez uma exposição, nesta terça-feira, 04/03, na Comissão Especial que analisa medidas para recuperar o Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual (Iamspe), em que apresentou a política de benefício trabalhista na área da saúde, oferecida pelo governo Lula aos funcionários públicos federais.

A Geap é uma operadora de saúde com mais de 60 anos de atuação, sem fins lucrativos, que administra planos de saúde suplementar destinados, especialmente, a servidores públicos de todo o país, extensivos aos empregados de empresas vinculadas às diversas esferas de governo.  É qualificada juridicamente como entidade fechada de previdência complementar.

Atualmente a Geap abriga por volta de 25 órgãos na área do executivo, entre eles a Fundação Nacional do Índio (Funai), o Ministério do Planejamento e o Ministério da Fazenda. São assistidos por volta de 700 mil servidores, incluindo seus familiares. Com a entrada recente do Ministério da Educação o número de pessoas atendidas deve ultrapassar 1 milhão.

Contribuição do servidor

O custeio da assistência à saúde se apresenta na seguinte proporção: 30% é de responsabilidade do órgão patrocinador e 70% quem se encarrega é o servidor.

Existem três tipos de planos, em que a contribuição varia de 5,02 % a 8,0% sobre a remuneração do servidor, para cobertura de todo o núcleo familiar. A contribuição com a Geap não é obrigatório e a taxa de utilização do plano é de 98%.

Questionada sobre a existência de filas de espera, o que ocorre muito no Iamspe, Parizi afirmou que os servidores assistidos pela Geap não enfrentam esse tipo de dificuldade. “Nesse sistema de credenciamento você não tem esse problema de fila, porque a consulta é particular. No máximo o paciente tem que aguardar 15 dias para ser atendido. Quanto às cirurgias, não tem fila de espera, pois o setor privado não tem sobrecarga neste setor.”

Solução para a fila de espera

Parizi afirmou que para solucionar esse problema de fila, precisaria haver um melhor dimensionamento entre oferta e demanda no Iamspe. “Tem exceção de demanda em algumas especialidades e falta de demanda em outras, como nas áreas de geriatria, ginecologia e oftamologia”. Ela afirma ainda que os funcionários têm que ter remuneração adequada, principalmente os especialistas das áreas de alta complexidade, caso contrário, corre-se o risco de treinar o profissional e perdê-lo para a iniciativa privada..

“No Geap sempre que entra um grupo de novos servidores fazemos um estudo do perfil dessas pessoas, como sexo e faixa etária, e contratamos os serviços de acordo com a necessidade desses novos associados”

Mesmo assim, a Geap não consegue manter a mesma qualidade de atendimento a todos os servidores.“Tem estado que tem uma rede melhor que a outra, então eu tenho problemas, pois eu não posso oferecer a mesma qualidade de serviços na Amazônia, que eu tenho na região sudeste, é uma questão estrutural do Brasil”, afirma Parizi.

A Geap é administrada por um conselho deliberativo responsável pela definição da política geral de administração da entidade e de seus planos de benefícios. O controle social é feito por um conselho consultivo, composto por representantes dos patrocinadores e assistidos da fundação e por conselhos estaduais, que acompanham as atividades das Direções Regionais, auxiliando seu desempenho.

 

 

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