Em SP agricultura carece de apoio e investimentos

20/05/2014

Abandono

Em SP agricultura carece de apoio e investimentos

Promovido por quatro Frentes Parlamentares o Ato Comemorativo ao Ano Internacional da Agricultura Familiar foi uma cerimônia concorrida, contou com presença de lideranças de movimentos sociais, sindicais, vereadores, prefeitos e deputados estaduais, que debateram sobre os avanços, impactos e indicadores de combate á fome, desigualdades na área rural e fortalecimento da segurança alimentar no país.

Fruto da parceria das Frentes Parlamentares Agricultura Familiar e Reforma Agrária, da Agroecologia, Apoio à Extensão Rural e Segurança Alimentar e Nutricional, o evento foi organizado pelos petistas, Ana do Carmo, José Zico Pardo e Professor Tito.

Logo na abertura do debate o deputado professor Tito, manifestou suas expectativas com relação aos encaminhamentos das questões agrárias no Estado de São Paulo.

O descaso do governo Alckmin com a agricultura recebeu críticas do deputado José Zico Prado que apontou a falta de recursos para o setor que, segundo ele, não chega a 0,60% do Orçamento. “Nós reivindicamos que o governo faça um investimento pesado na agricultura familiar, porque o agronegócio tem pernas fortes, pode caminhar sozinho”, ele afirmou. Zico destacou ainda que, dos 645 municípios paulistas, 521 têm menos de 50 mil habitantes e são essencialmente agrícolas.

A necessidade de canais de interlocução entre o governo e os agricultores familiares, como meio de contribuir no avanço estratégico do segmento no Estado de São Paulo, foi colocado por Gerson Bittencourt.

Ana do Carmo destacou a importância da agroecologia e elencou as dificuldades orçamentárias, do acesso a financiamentos e assistência técnica e ressaltou o papel dos deputados na luta pelo desenvolvimento da agricultura paulista.

A atividade contou ainda com a presença dos deputados petistas Adriano Diogo e João Paulo Rillo, líder da Bancada e representantes da sociedade civil organizada, como Neusa Paviato, do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST); Reinaldo Prates, do Ministério do Desenvolvimento Agrário; Renata Cunha, da Fundação Itesp; Wellington Diniz Monteiro, superintendente do Incra em São Paulo; e Marco Pimentel, da Federação da Agricultura Familiar de São Paulo.

O papel da agricultura familiar na economia brasileira e seus reflexos sociais de inclusão, combate à miséria, foi ressaltado por Michele Lessa, representante do Ministério do Desenvolvimento Social, Michele Lessa, para quem ao lado de políticas de geração de emprego e renda, as ações de segurança alimentar e nutricional foram responsáveis por colocar alimentação na mesa de cada vez mais brasileiros.

De acordo com Michele, os recursos do governo federal aplicados em ações da agenda alimentar e nutricional passaram de R$ 13,4 bilhões para R$ 78 bilhões em 2013. “É um orgulho ver nosso país reduzindo as desigualdades e melhorando a alimentação da população”, avaliou. Para ela, o Brasil atravessou melhor que outros países a crise alimentar de 2008/2009 por causa da agricultura familiar.

No final do ano passado, a Assembleia Geral da ONU declarou 2014 como o Ano Internacional da Agricultura Familiar, em uma iniciativa destinada a colocar o segmento no centro da formulação de políticas nacionais agrícolas, ambientais e sociais. Segundo avaliações da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), presidida pelo brasileiro José Graziano da Silva, a agricultura familiar. Dados da instituição apontam que os agricultores familiares são responsáveis por 40% dos cultivos principais e ocupam cerca de 25% do total de terras agrícolas do Brasil. (rm).

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