Falta transparência
A Secretaria da Fazendo do Estado de São Paulo divulgou, no último dia 4, relação dos recursos sugeridos pelos deputados estaduais paulistas e empenhados pelo governo, as chamadas indicações ou emendas parlamentares. Conforme previsto pelos membros da oposição na Assembleia Legislativa de São Paulo, algumas emendas foram omitidas na publicação, tudo para não causar constrangimentos com os deputados da base aliada do governador Geraldo Alckmin (PSDB).
Bruno Covas, que, segundo levantamento realizado em seu site (www.brunocovas.com.br), conseguiu a liberação de R$ 9,4 milhões em 2010, foi um dos beneficiados. De acordo com a lista entregue pela Secretaria da Fazenda, ele empenhou no ano passado R$ 2.157.836.
Basta um breve cruzamento de dados para desvendar um dos exemplos que dão evidência à disparidade. Tanto em seu site pessoal como no endereço eletrônico da prefeitura de Sales a 456 quilômetros de São Paulo é divulgada uma emenda no valor de R$ 100 mil, oriundos da Secretaria de Economia e Planejamento para a construção da Praça Floriano Tarsitano. No entanto, na relação distribuída pelo governo o recurso não aparece.
“Essa é uma desorganização proposital. Nós levantamentos que tínhamos, os valores empenhados para a base eram muito maiores do que o divulgado”, disse o deputado estadual Luiz Claudio Marcolino (PT).
Petistas cobram transparência
O líder da Bancada do PT, deputado Enio Tatto, e o líder da Minoria, João Paulo Rillo, cobraram em Plenário, nesta quarta-feira (8/11), que o governo do Estado dê a verdadeira transparência às emendas, com a divulgação correta das informações. Os deputados também voltaram a lembrar que somente a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) poderá investigar e esclarecer as denúncias sobre a suposta venda de emendas.
*com informações da Rede Brasil Atual