Empresas começam a deixar SP por causa da falta de água

30/10/2014

Crise

São Paulo ainda pode se gabar de possuir um dos Produtos Internos Brutos (PIB) mais altos do país. Porém, se a escassez continuar a espantar empresas, certamente deve cair. O fato é que grandes companhias, frente à limitação dos recursos hídricos, começaram a direcionar os seus investimentos para outros estados.

Essas indústrias, que incluem o ramo de bebidas, papel e celulose, inclusive, fizeram o que o governador Geraldo Alckmin não fez: enxergaram uma possível estiagem, aliada à falta de planejamento, e, desde o ano passado, vêm se preparando para não sofrerem com os prejuízos da seca.

A Coca-Cola e a Ambev, gigantes na indústria de bebidas, por exemplo, começaram, a partir do segundo semestre de 2013, a investir R$2,4 bilhões em plantas de matérias primas no Paraná. A Coca-Cola afirmou que “ações para mitigar os efeitos da crise hídrica estão sendo estudadas”. Já a Ambev, está com novas instalações em Ponta Grossa e, de acordo com a prefeitura da cidade, foram investidos R$580 milhões.

Transferir parte dos investimentos para outros estados foi uma solução encontrada por essas companhias para os custos no tratamento da água, já que, quanto mais baixos os níveis dos rios, mais dificuldades para retirar lama e sujeira.

A indústria do papel também está se desapegando de São Paulo, motivada pela escassez. De acordo com Nei de Lima, da Associação Brasileira Técnica de Celulose e Papel (ABTCP), as empresas estão migrando para Paraná, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e até estados do Nordeste para reduzir o uso da água.

Fonte: SpressoSP

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