Diante da crise água
Diante da crise água, empresas investem em outros Estados
Empresas preveem o esgotamento do sistema hídrico paulista há ao menos dois anos
Empresas com atuação no Estado de São Paulo que são dependentes da água e prevendo sua escassez, há cerca de um ano, começaram a direcionar investimentos para outros Estados
As indústrias de bebidas e de papel e celulose intensificaram neste ano o movimento e, com isso, estão conseguindo manter os planos de expansão da produção.
As companhias preveem o esgotamento do sistema hídrico paulista há ao menos dois anos e que os planos de abrirem fábricas em outros Estados, principalmente no Sul, foram os meios encontrados para se protegerem de uma possível crise, afirmam associações do setor ouvidas em reportagem do jornal Folha de S. Paulo
Duas gigantes das bebidas puxam o carro dos investimentos no sul do país.
A partir do segundo semestre de 2013, Coca-Cola e Ambev passaram a investir juntas mais de R$ 2,4 bilhões em plantas no Paraná.
Os maiores problemas enfrentados por essas empresas está no aumento de custos no tratamento da água captada dos rios. Quanto mais baixo o nível do rio, mais lama e sujeira são captadas junto.
Água no papel
As companhias de papel e celulose também enfrentam problema semelhante. Segundo Nei Lima, da ABTCP (Associação Brasileira Técnica de Celulose e Papel), empresas estão saindo de São Paulo e rumando para Paraná, Rio Grande do Sul, Mato Grosso e Nordeste.
Os primeiros esforços do setor foram no sentido de reduzir o uso da água na produção. Agora, estão em busca do insumo em si. “Com o avanço da tecnologia, o setor conseguiu reduzir o consumo de água de 200 metros cúbicos por tonelada para 20 metros cúbicos”, diz.
“Mas as empresas que estão um pouco mais defasadas estão sofrendo. Os órgãos públicos estão reduzindo os valores permitidos de captação de água”, continua.
Uma das políticas de redução do uso da água deve impactar as empresas localizadas na bacia hidrográfica PCJ -as cidades de Piracicaba, Capivari e Jundiaí.
Até o final do ano, a Agência Nacional de Águas publicará um plano de racionamento para essa região, que entrará em vigor quando o sistema Cantareira tiver menos que 5% do volume útil -o que já acontece- e quando as vazões dos rios estiverem abaixo de 4 m³/s no alto Atibaia, 2 m³/s no baixo Atibaia e 3 m³/s no rio Jaguari.
* as informações do jornal Folha de S. Paulo
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