Falta de água
A Agência Nacional de Aguas (ANA) cobrou, nesta quinta-feira (18/9), do governo de São Paulo um acordo que teria sido firmado em agosto para o volume de água retirado do Sistema Camareira para abastecer a Grande São Paulo a partir do próximo dia 30.
Em nota, o órgão gestor do manancial ainda acusa a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) de adiar sucessivamente a entrega de um piano de operação do sistema até abril de 2015.
No dia 29 de agosto, a ANA divulgou que havia um acordo com o governo Geraldo Alckmin para reduzir a vazão de mirada de água do Cantareira para a Grande São Paulo para 18,1 mil litros por segundo a partir do dia 30 de setembro, e para 17,1 mil litros por segundo a partir de 31 de outubro.
Neste mês, a Sabesp tem retirado dos reservatórios uma média de 19 mil litros por segundo. Antes da crise, a retirada era de 30 mil litros. À época, o governo Alckmin negou que existisse acordo. Nesta quinta-feira, porém, a ANA afirmou que o acerto foi feito pessoalmente entre o presidente da agência, Vicente Andreu, e o secretário paulista de Saneamento e Recursos Hídricos, Mauro Arce. Demanda. Segundo o órgão federal, esta indefinição e o “sucessivo adiamento” do plano de operação da Sabesp “dificultarão o necessário ajuste entre as disponibilidades e demandas por água nas regiões atendidas por este sistema”.
Em meio à polêmica, as prefeituras e indústrias da região de Campinas pediram ao comitê da Bacia dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiai (PCJ) que aumente de 4 para 5 mil litros por segundo a vazão do Camareira para a região .
A proposta ainda será analisada. O volume de água que chega ao sistema continua abaixo da mínima histórica neste mês. Desde 2013, o consórcio tem emitido alertas sobre a situação da estiagem e seus reflexos para o abastecimento industrial e urbano.
fonte: jornal O Estado de S. Paulo
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