Estado de SP tem 34 roubos por hora, metade deles na capital

26/09/2014

Insegurança pública

O Estado e a cidade de São Paulo tiveram em agosto a 15ª alta consecutiva de roubos. O crescimento foi de 11,7% e 13,6%, respectivamente, na comparação com o mesmo mês do ano passado.

Foram registrados 25,3 mil roubos no Estado, uma média de 34 por hora. Metade desses crimes ocorreu na capital –17 por hora.

A série de 15 aumentos seguidos estabelece novo recorde –é a maior sequência desde 2001, quando o governo adotou a metodologia atual.

Apesar do aumento, os dados foram considerados positivos pela gestão Geraldo Alckmin (PSDB) por ter havido desaceleração no ritmo de crescimento dos roubos.

Em julho, os casos haviam subido 12,6% no Estado e 20,3% na capital. Até maio, as altas ficavam acima dos 30%.

Ainda são a nossa principal preocupação. Para reduzirmos, nós precisamos deixar de crescer, e é isso que está acontecendo”, afirmou o secretário da Segurança, Fernando Grella.

Ele disse não ser possível prever quando os roubos deixarão de aumentar.

Como nos meses anteriores, o secretário voltou a atribuir a alta à legislação penal, que “favorece a impunidade” e precisa ser mudada pelo Congresso, e ao registro de roubos pela internet –que passou a ser possível em dezembro.

Grella disse que, para combater esses crimes, o governo aposta em operações que aumentam o policiamento na rua –como a PrevPaz, que a PM faz em bairros da capital considerados críticos — e em tecnologia para melhorar a inteligência policial.

Especialistas em segurança têm dito que não basta aumentar o patrulhamento. É preciso melhorar a investigação. Conforme a Folha noticiou em junho, em cada dez queixas de roubo, a polícia só abre um inquérito. O índice estimado de esclarecimento desses crimes é de 2%.

Questionado a esse respeito, Grella afirmou: “A Polícia Civil tem esclarecido os crimes de repercussão, de gravidade. O percentual de esclarecimento é alto”. E acrescentou que, recentemente, uma operação investigativa realizada em todo o Estado apreendeu 21 mil celulares.

Fonte: jornal Folha de S. Paulo

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