Projeto de Lei
Estudos apresentados pela doutora pesquisadora em psicologia social, Mary Sandra Carlotto, em 2002, apontam que é cada vez maior número de professores da rede pública estadual, acometidos pela síndrome de burnout, que se caracteriza pela exaustão emocional, irritação freqüentemente, ansiedade, raiva ou tristeza, provocada pela sensação de impotência diante das dificuldades de realizar o trabalho. Como resultado podem surgir sintomas psicossomáticos como insônia, úlceras, dores de cabeça, hipertensão,além de maior propensão à depressão.
Com base nestes dados, o deputado Alencar Santana Braga, líder da Bancada do PT na Assembleia Legislativa, apresentou projeto de que estabelece tratamento da síndrome de burnout, aos professores da rede pública estadual.
Em tramitação desde 2011, o projeto foi aprovado na Comissão de Educação da Assembleia Legislativa, em 12/9. Segundo a propositura de Alencar, o Estado deverá oferecer assistência médica e psicológica aos professores portadores da síndrome. A iniciativa prevê ainda avaliação dos professores e o acompanhamento do caso por equipe multidisciplinar, composta por médicos, psiquiatras, psicólogos e assistentes sociais possibilitando o tratamento e o combate às seqüelas decorrentes da referida síndrome.
Outra medida mencionada pelo projeto está à possibilidade do Estado celebrar acordos, convênios e parcerias com a sociedade civil organizada, que tenham envolvimento com programas, projetos e ações que possam prevenir e combater a doença.
Para Alencar entre os motivos que mais contribuem para os professores se afastarem das salas de aula ou até mesmo deixarem a profissão, estão fatores como os baixos salários, precárias condições, insatisfação no trabalho, desprestígio profissional, além das doenças psicossomáticas.
O parlamentar observa que a saúde dos educadores vive sob a égide do estresse constante, seja pela carga excessiva de trabalho e ou pelas relações pessoais desenvolvidas dentro da escola. Assim como as doenças de cunho emocional, a síndrome aparece pouco a pouco, sendo necessário, portanto, a percepção precoce das sintomatologias.
Por estes fatores, a consulta a um profissional habilitado capaz de diagnosticar, orientar e tratar é de suma importância para o retorno do educador a uma saúde emocional equilibrada, defendeu Alencar, no projeto de lei.