Estado já registra 10 mortes e 6 mil pessoas desalojadas

07/01/2011 16:09:00

Chuvas

 

 

Balanço divulgado pela Defesa Civil do Estado de São Paulo, nesta sexta-feira (7/1), contabiliza um total de 10 mortes causadas pelas chuvas em todo o estado desde o dia 1º de dezembro de 2010. A cidade com mais mortes registradas é Jundiaí, onde quatro pessoas de uma mesma família morreram na noite de quarta-feira (5) após o soterramento de uma casa.

O relatório da Defesa Civil também contabiliza 791 pessoas desabrigadas e 6.443 desalojadas no Estado. O órgão considera como desabrigadas as pessoas que perderam suas casas – ou seus imóveis foram interditados – e são encaminhadas para abrigos disponibilizados pelo poder público. Já desalojados são aqueles que também foram retirados de suas casas, mas foram instalados nos imóveis de amigos ou parentes.

A cidade de Mauá, no ABC, onde mãe e filho foram soterrados dentro de casa em na noite do dia 4/1, está em estado de alerta para as chuvas. No total, 22 municípios estão em estado de atenção: Águas de Lindóia, Americana, Atibaia, Campinas, Campo Limpo Paulista, Hortolândia, Itapira, Itatiba, Jarinu, Jundiaí, Limeira, Lindóia, Pedreira, Rio Claro, Socorro, Sumaré, Valinhos, Várzea Paulista, Cubatão, Guarujá, Santos e São Vicente.

Capital tem 400 áreas de risco

A Defesa Civil da cidade de São Paulo diz que existem mais de 400 áreas onde os moradores convivem com o perigo, com maior concentração nas regiões de Cidade Ademar, Capela do Socorro, M’Boi Mirim, Casa Verde, Perus e Santo Mateus.

O último mapeamento das áreas de risco da Capital, realizado em 2004 pelo  Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), apontou que das 1.500 favelas da cidade, 500 estão em áreas de risco: as habitações são construídas em terreno inadequado, barrancos ou montanhas, com perigo de deslizamentos, desmoronamentos de terra e erosão a qualquer momento.

Obras antienchentes se arrastam há anos

O governo estadual tem sido omisso ao longo dos anos na construção de obras antienchentes e de prevenção de desmoronamentos em todo o Estado. Na Capital e Região Metropolitana, por exemplo, falta drenagem e desassoreamento da Calha do Tietê e a construção de piscinões nas cabeceiras dos afluentes do Rio Tietê. Há 11 anos a previsão era a construção de 134 reservatórios (piscinões), mas apenas 43 saíram do papel. Mais de R$ 1,7 bilhão foram gastos no início da década na obra Calha do Tietê, que literalmente foram para o ralo, com a descontinuidade dos investimentos. Entre 2007 e 2009, o Estado deixou de aplicar R$ 105 milhões para o desassoreamento do Tietê.

 

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