Estado mantém curso de obstetriz na USP, mas exclui estes profissionais dos concursos públicos

29/08/2012

Audiência pública

Audiência debateu a inserção das obtetrizes e o direito à escolha pelo parto humanizado e em local de livre escolha

A incoerência do governo do Estado em instituir e manter um curso de obstetrícia em sua universidade pública – USP Leste – e não reconhecê-lo quando seus editais de concurso não contemplam a contratação dos profissionais formados neste mesmo curso foi o tema central de audiência pública realizada pelas Comissões de Saúde, Educação e Defesa dos Direitos da Pessoa, nesta quarta-feira (29/8), na Assembleia Legislativa paulista.

A presidente da Associação de Alunos e Egressos do Curso de Obstetrícia da USP – AO-USP, Carla Azenha, denunciou a questão e falou da necessidade da inserção destes profissionais para a assistência ao parto e nascimento na rede pública e nas Organizações Sociais (OSs) contratados pelo Estado. Ela explicou que há parecer favorável do Conselho Nacional de Saúde e do Conselho de Enfermagem paulista. “É lamentável que é preciso entrar na Justiça para o Estado reconhecer este direito”, disse Carla ao explicar que a AO-USP entrou com ação no Judiciário. A presidente também enfatizou que já foram solicitadas audiências com o governador Alckmin e o secretário de Saúde para discutir o tema, mas ainda não obtiveram resposta para serem recebidos.