Ex-diretor da CPTM trabalhou para empresa do cartel

10/09/2014

Propinoduto tucano

Sob suspeita de ter recebido propina do cartel metroferroviário, o engenheiro João Roberto Zaniboni, ex-diretor de operações e manutenção da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), trabalhou para a Tejofran de Saneamento e Serviços Ltda – apontada como uma das empresas do conluio para conquistar contratos milionários nos governos Mário Covas, José Serra e Geraldo Alckmin, todos do PSDB, no período entre 1998 e 2008.

Documento de posse do Ministério Público comprova o vínculo entre Zaniboni e a Tejofran. Em fevereiro de 2006, três anos depois de deixar a direção da CPTM, Zaniboni foi contratado pela Tejofran pelo salário de R$ 2.025, de acordo com a Ficha de Registro número 5 137056. Ele ficou na empresa até 8 de novembro daquele ano.

A Tejofran informou que “tal contratação visou exclusivamente compor equipe técnica especializada, já que João Roberto Zaniboni é reconhecidamente um especialista na área ferroviária há 40 anos, tendo passado antes pela extinta Fepasa”.

O Ministério Público avalia que o contrato de trabalho reforça o elo entre agentes públicos dos governos tucanos com o cartel. Promotores decidiram investigar a existência de contratos da Tejofran com a CPTM no período em que Zaniboni ocupou o cargo de dirigente da estatal, entre 1999 e 2003.

Depois que deixou a Tejofran, Zaniboni ficou sócio da Focco Tecnologia, empresa que firmou dezenas de contratos com o governo de São Paulo desde 2009 e recebeu, nos últimos quatro anos, R$ 33 milhões.

fonte: Blog Fausto Macedo – O Estado de S. Paulo

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