Caso Alstom
O ex-secretário de Energia do Estado e presidente do Conselho da Eletropaulo na época em que foram negociados contratos com a multinacional Alstom, David Zylbersztajn, é o convocado da CPI da Eletropaulo, amanhã (terça,17/6), às 14h30, no auditório D. Pedro I, na Assembléia Legislativa de São Paulo.
Os deputados petistas, além de perguntarem ao ex-secretário tucano sobre o processo de privatização da Eletropaulo que é tema principal da CPI, também irão questioná-lo sobre como se deram as negociações de contratos milionários entre a empresa de energia do Estado e a Alstom.
David Zylbersztajn, que agora é professor do Instituto de Energia da PUC-RJ foi o primeiro a comandar a Secretaria de Estado de Energia no governo Mário Covas e permaneceu no cargo até janeiro de 1998. Ele também já havia sido convocado pela CPI da Eletropaulo, mesmo antes da revelação do caso Alstom. A CPI da Eletropaulo apura as possíveis irregularidades na venda da empresa, quando do seu processo de privatização.
Consultoria de fachada
Segundo reportagem do jornal O Estado de São Paulo (30/5/2008), seis empresas offshore, duas das quais controladas por brasileiros, teriam sido utilizadas pela multinacional francesa Alstom para supostamente repassar propinas a autoridades e políticos paulistas entre 1998 e 2001. Os pagamentos seriam feitos com base em trabalhos de consultoria de fachada. O valor atualizado das comissões supostamente pagas pela Alstom em troca da assinatura de contratos
No período de negociação e da assinatura dos contratos de consultoria estiveram à frente da Secretaria de Energia de São Paulo – que comandava a Eletropaulo – o então genro do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, David Zylbersztajn (deixou o cargo em janeiro de 1998, ao assumir a direção geral da Agência Nacional de Petróleo), o atual secretário de Coordenação das Subprefeituras da cidade de São Paulo, Andrea Matarazzo, que ocupou a secretaria por alguns meses, e o atual secretário estadual dos Transportes, Mauro Arce.