Insegurança pública
Protestos violentos e conflitos se tornaram recorrentes na região do Jaçanã e da Vila Maria, na zona norte, na capital nos últimos meses. Em julho do ano passado, no auge da crise envolvendo o “mata-mata” entre policiais militares e integrantes da facção criminosa PCC, um soldado da Rota foi baleado com três tiros de fuzil. Dois dias depois, a 200 metros do local do atentado, seis jovens foram mortos. Moradores acusaram PMs pela chacina.
Em dezembro, ainda no Jaçanã, um ônibus foi queimado com duas pessoas dentro, que acabaram morrendo. A ação dos criminosos, que segundo moradores foi liderada por integrantes da facção, ocorreu em represália à morte de uma pessoa suspeita de ser traficante, atingida durante abordagem policial.
Na onda de protestos de junho, as manifestações na Vila Curuçá, na zona norte, também provocaram vítimas de arma de fogo. Um sargento que escoltava os manifestantes foi atingido por um tiro de fuzil supostamente disparado do alto da Favela Marconi. No dia seguinte, quatro fuzis foram apreendidos na região. Autoridades de segurança e moradores afirmam que o PCC é forte nessa área da zona norte.
No último domingo
A polícia investiga a suposta participação de integrantes da facção criminosa na organização dos protestos violentos na zona norte de São Paulo desde a noite de domingo, após a morte de um adolescente pela Polícia Militar. Policiais, funcionários ligados à cúpula da segurança e promotores dizem haver diversos indícios da ação de criminosos ligados ao PCC.
Os atos espalhados por vários bairros incluíram caminhões e ônibus incendiados, lojas saqueadas, motoristas roubados, manifestantes armados, um pedestre baleado e a interdição por mais de quatro horas da Fernão Dias, principal ligação de SP a MG. Vinte detidos em protesto têm antecedentes criminais.
*com informações dos jornais Folha de S. Paulo e O Estado de S. Paulo