Facção ordenou atentado ao PM que sobreviveu em Piracicaba, diz polícia

10/10/2014

Caos em SP

Facção ordenou atentado ao PM que sobreviveu em Piracicaba, diz polícia

Policial baleado na nuca no dia 25 de agosto, em um comércio do Jaraguá. Suspeito também tem envolvimento com morte de sargento morto em junho. Uma facção criminosa que atua dentro e fora de presídios ordenou o ataque a um policial militar que foi baleado no dia 25 de agosto em frente a estabelecimento comercial do bairro Jaraguá, em Piracicaba, segundo nota divulgada na sexta-feira, 10/10, pela Polícia Civil, que informou também ter realizado a prisão do suspeito.

O PM levou um tiro próximo à nuca, foi internado na Santa Casa da cidade, e sobreviveu ao atentado. O suspeito de ter efetuado o disparo foi reconhecido em fotos e pessoalmente por testemunhas, de acordo com a Polícia Civil. Ele já estava com prisão temporária decretada por envolvimento em outro crime, o homicídio do sargento da PM Arnaldo Francisco de Brito, que levou 13 tiros no dia 14 de junho em frente a um restaurante da Avenida Independência, em Piracicaba. A morte do sargento também foi arquitetada pela mesma facção criminosa, conforme inquérito policial.

Em agosto, na mesma noite em que o policial foi baleado no Jaraguá, foi apurado que uma motocicleta usada no crime havia sido roubada antes. Ao prender o suspeito do roubo, os policiais descobriram que a moto havia sido “encomendada” por outra pessoa. A polícia chegou, então, ao suspeito de ter atirado contra o PM que sobreviveu.

Dois por um

No inquérito sobre a morte de Brito, a Polícia Civil apurou que, além do sargento, a facção planejava matar outros três policiais. “Para cada integrante da organização criminosa morto em confronto, dois agentes de segurança pública deveriam ser mortos”, lembra a nota divulgada nesta sexta.

A facção sofreu duas baixas em confrontos com PMs neste ano, conforme informações das polícias Civil e Militar. O primeiro caso foi dois dias antes do assassinato do sargento Brito. Reinaldo Cirino Franco, o Pedreiro, apontado como integrante da organização morreu durante troca de tiros com a Força Tática da PM, no dia 12 de junho, no Bosques do Lenheiro.

O grupo, ainda segundo a Polícia Civil, pretendia realizar mais um policial, mas Francisco Fabiano Piazza, que atirou em Brito, foi morto também em troca de tiros com PMs em Brotas (SP). A morte do segundo integrante teria motivado a facção a planejar um total de quatro alvos.

Escutas telefônicas

O monitoramento telefônico feito com autorização da Justiça durante a investigação dos crimes revelou os planos de integrantes da facção para matar policiais. “’Pegᒠsem medo do cara, ‘sacᒠa arma ‘mano’, ‘atira’ nem que seja na nuca!”, diz uma ordem captada em gravação. Em outra conversa, um integrante se mostra reticente e diz que um dia irá sair da “nuvem negra” (missão de promover atentados).

Site G1

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