Descaso
A instalação de novas FATECs (Faculdade de Tecnologia de São Paulo) são alvo de muita propaganda pelo governo do Estado. No entanto, até a infra-estrutura para esta implantação tem apresentado inúmeros problemas, que acentuam o descaso com o projeto.
Um exemplo disso é o projeto de construção da faculdade feito pela prefeitura de São José dos Campos que não previu infra-estrutura mínima.
O deputado Carlinhos Almeida denunciou que o projeto e a obra da construção da Faculdade de Tecnologia de São Paulo (FATEC), na zona Leste de São José dos Campos, não incluíram ligação de água, luz e esgoto, nem estacionamento e acesso para deficientes.
Denunciou também que a construção sob responsabilidade da prefeitura está atrasada e vai ficar mais cara. Hoje, o custo da obra já é de mais de R$ 8 milhões. O prédio deveria ter sido entregue em fevereiro deste ano, mas apenas pouco mais da metade dos trabalhos foi executada até o momento.
O local escolhido para a construção da FATEC fica numa área afastada. A estimativa é que o custo para implantação de rede de água, luz e esgoto seja de pelo menos R$ 500 mil. Hoje, o abastecimento provisório de água e luz vem do Parque Tecnológico, que fica em local distante do novo prédio.
A gente lutou muito pela instalação de uma FATEC na cidade e, por isso, ficamos contentes quando foi anunciada a sua implantação. Entretanto, as instalações provisórias são precárias e a falta de planejamento por parte da Prefeitura está retardando a entrega do prédio definitivo, diz Carlinhos Almeida, a principal liderança da cidade a lutar pela instalação da FATEC.
Carlinhos lembra que a FATEC chegou a ser descartada pelo então governador Geraldo Alckmin, alegando que a cidade não tinha demandas, mas no fim voltou atrás e aceitou implantar a unidade. Foi uma vitória para a cidade e a região do Vale do Paraíba que precisam de cursos técnicos que a atendam a crescente demanda de mão-de-obra especializada, comenta.
Os estudantes desta Faculdade, que hoje estão provisoriamente instalados no Parque Tecnológico, precisam de um prédio novo e adequado para desenvolverem suas aptidões e num futuro breve ingressarem no mercado de trabalho, acrescenta o deputado.