Corrupção
O Ministério Público de São Paulo passou a investigar a contratação da empresa do genro e da mãe do engenheiro Paulo Vieira de Souza, conhecido como Paulo Preto, por um dos consórcios construtores do Rodoanel. O negócio foi feito em 2009, à época em que Souza era diretor da estatal paulista Dersa (Desenvolvimento Rodoviário S.A.). Em 13 de outubro, a Bancada do PT apresentou série de denúncias envolvendo fraudes, tráfico de influência, desvio de dinheiro público e improbidade administrativa na construção do Rodoanel e protocolou representação na Procuradoria Geral de Justiça de São Paulo.
Em 30 de outubro, o jornal Folha de S. Paulo informou a realização de um pagamento de R$ 91 mil feito pelo consórcio Andrade Gutierrez/Galvão à companhia Peso Positivo, que tem como sócios os parentes de Souza.
As empresas afirmam que o valor correspondeu à remuneração pela prestação de serviços de guindastes pela Peso Positivo na área do Lote 1 do trecho Sul do Rodoanel por dois meses em 2009. Souza foi diretor de Engenharia da Dersa de 2007 a abril de 2010.
O promotor Roberto Antonio de Almeida Costa é o responsável pela investigação, que poderá apurar a ocorrência de eventuais atos de improbidade administrativa, enriquecimento ilícito ou favorecimento indevido.
Fernando Cremonini, genro de Souza, tem participação de 99% na Peso Positivo, e Maria Orminda Vieira de Souza, mãe do engenheiro, possui 1% das cotas. Cremonini é marido da filha de Souza, a jornalista Tatiana Cremonini, que trabalha no Palácio dos Bandeirantes desde 2007.
José Luís Oliveira Lima, advogado da empresa e do engenheiro, afirmou que “toda a operação foi feita dentro da legalidade e devidamente registrada com a emissão de notas. Tão logo o Ministério Público solicite as informações elas serão prestadas”.
Em nota, o consórcio Andrade Gutierrez/Galvão informou que “ainda não foi notificado sobre a investigação, mas se coloca à disposição das autoridades para eventuais esclarecimentos”.
fonte: jornal Folha de S. Paulo